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Esporão calcâneo?

Por Cesar Candido dos Santos

As dores e lesões costumam ser os principais inimigos dos corredores. Por isso, saber como prevenir e tratar alguns problemas pode evitar que o atleta sofra com incômodos e, muitas vezes, seja obrigado a se afastar durante meses dos treinamentos.

Uma das patologias muito comuns entre os praticantes de esportes de constante impacto é o esporão calcâneo, proeminência óssea que se forma no osso do calcanhar ou na inserção do tendão de Aquiles.

“O esporão calcâneo é uma calcificação da fáscia plantar, e surge de um processo inflamatório crônico. Ele geralmente é decorrente de sobrecarga no local, e costuma ser mais comum em corredores, saltadores e idosos”, explica Luís Fernando Machado, ortopedista do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.

“É importante saber que não é o esporão que provoca dor, mas sim a inflamação da fáscia plantar. Existem muitas pessoas que tem o esporão e não sentem dor”, diz Fábio Tranchitella, ortopedista do Hospital 9 de Julho.

Melhor prevenir
A prevenção é o melhor a ser feito para evitar que o esporão calcâneo surja. Para isso, o atleta deve sempre usar equipamentos apropriados e não correr se estiver sentido dores frequentes embaixo do calcanhar ou na planta do pé. “É importante fazer o teste de pisada, usar um tênis adequado, com bom amortecimento, sempre praticar a atividade em solo apropriado e nunca correr com dor”, orienta Tranchitella.

“Sempre achei que sentir dor fazia parte da corrida, por isso, nunca me preocupei muito. Quando fui procurar tratamento já tinha dois esporões no pé direito, e precisei ficar quase três meses sem correr para me recuperar”, conta Jeferson Gonçalves, 29, analista de sistemas

Machado explica que o tratamento só é necessário quando existe a inflamação no local. “O tratamento é feito só em casos de crise aguda, e consiste de repouso, alongamentos específicos, fisioterapia e o uso de antiinflamatórios. Mas o esporão sempre vai estar lá, por isso, o melhor é prevenir e procurar orientação médica nos primeiros sintomas”.

Já o uso de infiltrações, ou o processo cirúrgico para remover o esporão não são recomendados. “A cirurgia é possível em alguns casos, mas é muito complicada. As infiltrações também são arriscadas, pois podem até provocar uma ruptura do tendão”, explica o ortopedista do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.

Não fique parado
Quando existe a inflamação, o recomendado é que não se pratique atividades de impacto, que sobrecarregam o pé, o que obriga a interrupção dos treinos de corrida. Mas isto não significa que é preciso ficar parado, e é possível optar por outras modalidades para manter o condicionamento físico.

“Durante o tratamento da inflamação, como não podia correr, passei a praticar ciclismo e natação. Gostei tanto que hoje disputo algumas provas de triathlon também, mas a corrida continua sendo meu esporte preferido”, revela Gonçalves.

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