Sabemos que a atividade física é um excelente aditivo para a qualidade de vida, mas nós que nos dedicamos a qualquer esporte que seja praticado ao ar livre, sobretudo em estradas, devemos ter alguns cuidados especiais que, infelizmente, são ignorados por muitos!

Andar sempre em fila indiana é norma de conduta em todos os países, mas, no Brasil, parece que pedalar lado a lado e, geralmente, conversando é norma geral, pois é o que mais se vê pelas estradas.

NUNCA PEDALAR EM PELOTÕES, pois parece que quando um grupo se une parece que eles são “os donos” da estrada, prejudicando o fluxo normal dos carros e criando, inevitavelmente, uma revolta nos motoristas, que, como sabemos, consideram-se proprietários da via pública e não gostam quando alguém interfere em seus caminhos.

Esse tipo de treinamento deve ser feito em ambiente fechado ao trânsito de veículos mais pesados para aqueles que se preocupam com sua própria segurança.

Recentemente na Estrada Velha do Mar, em São Bernardo do Campo, onde treino, aconteceu acidente com morte de um ciclista que estava num pelotão, desequilibrou-se e bateu contra a proteção de uma ponte; outro, mais recentemente e na mesma estrada, também envolveu um grupo de ciclistas que, desta vez, felizmente apenas se feriram.

Em 2005, tivemos que lamentar a perda do nosso amigo triatleta, Prof. Dr. Luís Fernando Bicudo Pereira Costa Rosa, mais conhecido como “Gegê” que trabalhava no Instituto de Ciências Biomédicas da USP e que morreu ao atravessar a Rodovia dos Bandeirantes.

Outro acidente foi com nosso amigo e triatleta Lindemberg Lima Romão, do Espírito Santo, que ainda não voltou aos treinos após ser atropelado há mais de um ano.

O acidente fatal mais recente ocorreu em 6 de Outubro passado, quando nossa amiga Beatriz Hollanda, triatleta e médica oftalmologista de Juiz de Fora/MG foi colhida por uma carreta e teve morte instantânea.

Para mostrar que esse tipo de acidente não acontece apenas no Brasil, citamos o que vitimou nosso amigo também triatleta Mário Padin, de Buenos Aires, Argentina, quando voltava de treino foi atropelado e arrastado por um automóvel perecendo no local.

Além desses casos, para citar apenas os ocorridos com meus amigos pessoais, dezenas de outros acidentes têm ceifado vidas preciosas de pessoas queridas que procuram apenas momentos de lazer ou de uma prática esportiva saudável, mas que, para muitos parece ocorrer apenas “com os outros”!

Sem procurar por culpados em todas essas fatalidades, temos que, primeiramente, nos armar de todas as medidas de segurança e solicitar aos órgãos públicos uma adequação de nossas rodovias com a construção de ciclovias para que possamos treinar e praticar o ciclo-turismo, tão popular em países desenvolvidos, além, claro, de conscientização de ciclistas e motoristas para uma convivência pacífica.

Algumas dicas:

Sempre na direção do trânsito, mesmo por trechos curtos.
Capacete.
Espelho retrovisor nos treinos.
Cuidado com bocas de lobo.
Alimentação adequada (evitar “prego de fome”).
NUNCA usar fone de ouvido, celular ou equipamento que possa distrair.

Confira artigos anteriores:

• Kubiak faz balanço do primeiro semestre.
• Kubiak conta os absurdos que tem escutado no esporte.
  Triatleta Kubiak retorna depois de período de hibernação.