Ciclismo

Tecnologia no Ciclismo: potência e eficiência de treino

Para os que acompanham as novidades em tecnologia, principalmente no ciclismo, não é nenhuma novidade falarmos sobre carbono, suspensão inteligente que funciona ao ler a irregularidade do terreno, pneus que não furam, enfim a tecnologia sempre esteve a serviço do ciclismo e o avanço tecnológico é tão rápido que hoje podemos ter em um único ciclocomputador informações como: potência (watts), cadência (rpm), freqüência (bpm), altimetria (% de inclinação e ascenção), velocidades (máx-méd), assim como tempo, relógio etc… E então fica a pergunta: Para que tudo isso? E.. Preciso disso? Funciona?

Antes de responder a essas perguntas precisamos definir potência: É o produto da força e da velocidade do movimento. P= (força x distância) x tempo. Ou seja, é o quanto de força você consegue transmitir para os pedais e transformar em velocidade na bicicleta. Lembrando que, além disso, a proporção peso/potência (w/kg) é ainda mais importante.

Influência da potência nos treinos: os medidores de potência no ciclismo já existem há mais de 15 anos, porém os modelos outdoors existem a pouco tempo Nos anos 80, tornou-se famoso o frequencimetro, que é uma arma e tanto na hora de se ler um treino. Ficaram importantes e populares, com preços mais acessíveis, e hoje quase todas as pessoas que treinam um pouco mais sério possuem um.

Mas para quem visa ter mais performance, alguns dados merecem mais a atenção, pois a frequência está muito sujeita a alterações como sono, fome, desidratação, calor, ou seja, ela não necessariamente quer dizer que você treinou a sua potência máxima, ou se realmente estava num treino de giro (limiar 1) a potência entra como uma informação mais exata, traduzindo através de números que você realmente treinou no seu limite, pois você conhece sua potência máxima. E então o treino deixa de ser uma intuição e passa a ser mais cientifico, pois temos mais dados para analisar.

Um teste mostrou que durante 5 dias de treino de força, a frequência do atleta somente diminuiu (durante os 4 dias), mostrando que ele manteve a potência desejada e se manteve bem, porém no último dia sua frequência caiu mais e os Watts também, ou seja, ele já estava perdendo eficiência, e então estava na hora do descanso. Caso não tivesse o medidor de potência não saberíamos a verdadeira hora de encerrar a sessão de treinos de força. Que para aquele atleta foi de 4 dias e para um outro pode ser de 6, 7 ou até menos.

Como todo apaixonado por ciclismo, já fui logo pesquisar quantos watts produzem nossos ídolos, e hoje os sites das empresas disponibilizam tudo isso on-line. Durante o Tour de France era possível vermos atletas durante a prova e ver sua frequência, velocidade e watts.

A média de watts dos vencedores do tour passava de 370 watts, indo até 415 entre 1991 e 1995, ou seja, um aumento de 20% e depois estabilizava acima dos 450 watts.

Ao analisar Marco Pantani (56kg) constatou-se que durante a subida do Alpe d`Huez ele teve os melhores 3 resultados da historia (1995,97 e 94) com potências entre 461watts máx e 454watts min. Seguido de Ullrich em 1997 (73kg) que gerava 448watts e depois Armstrong 2001 (71kg) e 442watts. (fonte: jornal El Mundo em 2002).

Curiosidades do Tour de France 2010:

Exemplo de performances: Daniel Oss (Liquigás), durante sprint, alcançou 1252watts na última etapa do Tour de France 2010, na chegada na avenida Champs Elyseé.

Chris Horner (Radio Shack) durante a subida do Col du Tourmalet, após 3 semanas, chegou a média de 377 watts, com relação 5.9w/kg, nos primeiros 9.3km da subida e na segunda parte produziu 347watts e 5.4w/kg, chegando na 8ª posição.

Uma saída para você que quer treinar com medidor de potência são os rolos (trainers) da marca Elite, que acabam de chegar no Brasil. Eles tem a capacidade de fornecer todos os dados acima citados e transformar num relatório de treinos final. Além de simular até 20% de inclinação e trajetos reais do Tour de France e Giro d` Itália. Onde encontrar: www.sportstarbikes.com.br.

Então depois disso tudo, perguntamos, e agora?  Respondo a você leitor: próxima novidade – Medidor de lactato.

Redação

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