O Giro d’Italia é o retrato da alma italiana. A principal competição do ciclismo da bota – e uma das três grandes voltas, ao lado do Tour de France e da Vuelta a España – traz, em seus 98 anos de vida, inúmeras histórias que são a expressão cultural do país. Rivalidades, paixões, heróis e amor ao esporte levam mais de 46 milhões de telespectadores italianos a acompanharem a prova.

Em 2007, a competição apresenta todos os ingredientes para uma disputa tão emocionante quanto a do ano passado. Mas com um grau ainda maior de rivalidade. O atual campeão Ivan Basso (Discovery) ficou de fora da competição em cima da hora, fruto da reabertura das investigações do escândalo de doping espanhol, assim como todos os outros supostos envolvidos. Então, nomes como Gilberto Simoni (Saunier Duval), Paolo Savoldelli (Astana) e, principalmente, Damiano Cunego (Lampre), todos ex-campeões da prova, estão ainda mais motivados por um bom resultado.

A largada será na Ilha da Sardenha, no dia 12 de maio, em uma etapa de contra-relógio por equipes de 24 quilômetros. Ela será uma homenagem ao bicentenário do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, famoso tanto na Itália quanto no Brasil, pois participou da Revolução Farroupilha.

Considerado “mais humano” pelos próprios atletas, o percurso nesse ano está menor, com menos contra-relógios, mas com muitas, muitas subidas, nas quais os ciclistas enfrentarão até 22% de inclinação.

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Leia a história dos 98 anos do Giro d´Italia.