Por Fernando Bittencourt
O estudioso de planejamento urbano Richard Florida chegou à conclusão de que os centros urbanos que possuem uma proporção maior de pessoas que se locomovem de bicicleta para ir trabalhar têm uma população mais feliz, criativa e rica.
O especialista analisou diversas grandes cidades norte-americanas e percebeu que as localidades com os maiores índices de renda e bem-estar – coincidentemente ou não – do país eram as que tinham mais ciclistas andando nas ruas. Nestes mesmos locais, grande parte da economia se baseia na produção de conhecimento, além do fato de que o grau de instrução dos moradores também costuma ser mais alto.
A explicação estaria no fato de que as cidades que favorecem o uso da bicicleta tendem a atrair o que Richard Florida chama de ‘classe criativa’ — cientistas, engenheiros, educadores, escritores e artistas. Santa Bárbara, na Califórnia, por exemplo, possui um porcentual de ciclistas 6 vezes maior que a média dos Estados Unidos. A renda é 18% superior do que a média do país e 45% dos trabalhadores são da classe criativa. A população do local é composta por indivíduos produtivos e inovadores, que recebe melhores salários e proporcionam o crescimento da economia local.
“A presença das bicicletas nas ruas contribui para a melhoria da imagem de uma cidade, agregando valores de uma cidade verde e saudável ao local onde se quer viver”, conclui Florida.
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