Como abordado em textos anteriores, a técnica de pedalada é uma variável importante no desempenho no ciclismo. Alguns estudos vêm sendo desenvolvidos ao longo dos anos com o objetivo de entender a influência de diferentes fatores na técnica de pedalada. A relação da carga de trabalho e da cadência de pedalada com a técnica de pedalada ainda é pouco explorada na literatura técnica.
Nesta perspectiva, o professor Mateus Rossato, do GEPEC, desenvolveu o seu trabalho de mestrado procurando estudar os efeitos de diferentes cargas de trabalho e cadências de pedalada sobre a técnica de ciclistas. Os indivíduos avaliados haviam participado recentemente da volta de ciclismo de Santa Catarina, com bons resultados.
A partir da medição das forças aplicadas no pedal e do aproveitamento destas durante o movimento da pedalada (determinação da técnica de pedalada), Rossato e colaboradores indicaram que as cadências de pedalada mais baixas foram as que os ciclistas apresentavam a melhor técnica de pedalada. Este resultado já era esperado, visto que com uma menor velocidade de execução do movimento (devido a menor velocidade de rotação do pé-de-vela) torna-se mais fácil realizar o gesto de forma mais correta.
O que surpreendeu os autores foi o fato de que na cadência preferida de pedalada os ciclistas apresentaram melhor técnica de pedalada somente durante a fase de propulsão, o que segundo os autores sugere uma adaptação técnica destes indivíduos à cadência de pedalada mais utilizada em treinamentos e competições.
A melhora na técnica de pedalada com o aumento da carga de trabalho já havia sido descrita na literatura, no entanto, a sugestão de manutenção da cadência preferida em situações no qual a carga de trabalho é aumentada (ex. aclives) é uma sugestão interessante feita pelos autores. Esta proposta se baseia no fato de que a cadência preferida é aquela que minimiza o esforço muscular e apresenta uma melhor adaptação técnica no gesto da pedalada.
O que o referido estudo nos mostra é que é necessária a manutenção da cadência preferida de pedalada, principalmente quando pensamos em situações no qual a carga de trabalho é aumentada repentinamente, como lombas ou aclives, ou seja, em qualquer situação o ciclista deve procurar manter a cadência preferida. Na prática, a redução na relação de marchas torna-se uma estratégia importante, tendo em visto que esta permitirá a manutenção da cadência e a redução do esforço muscular. Todos estes aspectos são importantes para a minimização da fadiga muscular ao longo de uma competição de ciclismo.
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