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A corrida mais difícil do mundo termina sem concluintes de novo

A ultramaratona Barkley Marathon é conhecida mundialmente como a “prova mais difícil do mundo”. Neste sábado, o evento contou com mais uma edição. E novamente nenhum participante conseguiu concluir o trajeto dentro do tempo máximo estabelecido pela organização.

Gary Robbins, ultramaratonista canadense, atraiu a atenção da mídia local, já que na edição passada o atleta alcançou o portão amarelo que marca a linha de chegada apenas seis segundos acima do limite de 60 horas, por culpa de uma curva errada durante o percurso. 

Robbins participou da prova pela terceira vez este ano e entrou na corrida procurando finalmente terminar a Barkley Marathon. Ele foi um dos dois corredores que conseguiram finalizar a terceira volta, mas nem tentou começar o quarto giro pelo parque onde ela é realizada. 

Veja o momento em que Robbins desiste da Barkley Marathon

 

Barkley Marathon, a prova mais difícil do mundo

 

Mas será realmente tão difícil assim completar a prova? A Barkley Marathon, criada em 1986 por Gary Cartell, é composta por um percurso de cinco voltas, cada uma com 32 km, pelo Frozen Head State Park, floresta que ganhou fama por servir de rota de fuga para James Earl Ray, o assassino do ativista político Martin Luther King Jr. Em 32 anos de prova, totalizando mais de 1.100 participantes, apenas 15 pessoas conseguiram concluí-la. 

Cartell, o organizador da prova, não permite mais de 40 inscrições por ano e não fornece muitos detalhes aos participantes sobre a realização. Para a inscrição, os candidatos devem não só atender a critérios de aptidão física rigorosos, mas também precisam escrever uma redação sobre “por que devem ser autorizados a correr a Barkley Marathon”.

Para aumentar ainda mais o nervosismos dos atletas, Cartell anuncia com apenas uma hora de antecedência o horário de largada da prova. Após este horário, os participantes têm 60 horas para terminar o percurso.

Dentro deste tempo limite, existem desafios a serem cumpridos durante o trecho. Os candidatos, além de correr, devem se alimentar e encontrar uma série de livros espalhados pelo trajeto por conta própria.

Cada publicação contém uma página com o número de inscrição de cada candidato. As páginas devem ser rasgadas e entregues à organização ao final de cada volta para garantir a passagem dos participantes pelos pontos obrigatórios. Se uma página for perdida, o corredor é desclassificado.

Testando os limites de cada atleta, não existem estações de ajuda durante o percurso, apenas dois pontos com água ao longo da rota. Os participantes não podem usar dispositivos de rastreamento GPS ou celulares para encontrar o caminho. Em vez disso, recebem uma apostila que inclui instruções da corrida, e só estão autorizados a usar um mapa da área e uma bússola.

E o mais contraditório? Cartell, o organizador, é ultramaratonista, mas nunca esteve nem perto de concluir a sua própria corrida.

Taísa Luna

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Taísa Luna

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