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Como amenizar as dores musculares

Por Paula Ricupero

Se você já tentou fazer da corrida um hábito prazeroso, mas foi desestimulado todas as vezes por causa das dores musculares no pós-treino, saiba que o problema não afeta apenas você. É comum que o corredor sofra eventuais incômodos musculares, principalmente os iniciantes, devido ao despreparo de sua musculatura. Porém, muitos ficam com receio de insistir no treinamento, pois não estão acostumados nem sabem diferenciar uma dor temporária de uma mais grave, que pode vir a causar uma lesão. Para que você supere essa fase de forma mais rápida, sem medo e sem tanto sofrimento, destacamos uma série de dicas sobre esse período de adaptação do seu corpo.

Período de adaptação
No início, o atleta deve ter muita calma. Segundo o treinador Filipe Biancardi, muitos iniciantes ficam expostos a sofrer mais lesões porque não recebem orientação e pensam que se treinarem todos os dias e com maior intensidade e volume terão uma adaptação mais rápida, mas é o contrário. “Nosso corpo não é uma máquina que consegue trabalhar 24 horas por dia. Ele precisa de descanso, de uma boa alimentação e de noites de sono tranquilas”, explica. O tempo de adaptação neural, muscular e cardiorrespiratória vai depender de alguns fatores, como frequência nos treinos, atividades já realizadas no passado e estilo de vida. Entretanto, pode-se afirmar que quatro a seis semanas são suficientes para notar uma melhora — e sentir menos dores. “Vale lembrar que as adaptações são rápidas, e logo o desconforto diminui e a sensação de prazer aumenta”, diz o treinador. Mas se o atleta sentir dores muito mais intensas do que aquele cansaço “gostoso” pós-treino, é importante que ele procure ajuda médica para evitar possíveis lesões.

Para sofrer menos
É quase impossível evitar que o corredor iniciante sinta alguma dor. Porém, há meios de minimizar o problema. Uma dica é apelar para treinos mais curtos e que alternem caminhada e corrida. Aquecer-se antes de correr e fazer alongamentos ao longo do dia também ajuda. Importante ainda que o atleta distribua adequadamente os treinos ao longo da semana (no início, correr de três a quatro vezes semanalmente já é suficiente) e que os intercale com exercícios de fortalecimento muscular. Um treinador poderá orientá-lo quanto aos tipos de treinamento e de exercícios que você deve fazer para não sobrecarregar a musculatura e respeitar a recuperação.

Conheça seu limite
Conhecer o quanto seu corpo consegue aguentar pode ajudá-lo a evitar até mesmo lesões. Com o auxílio de testes físicos e avaliação médica, você pode saber o que seu organismo considera como um treino de baixa, média ou alta intensidade. Dessa forma você consegue alternar os treinos e melhorar sua performance. No começo, a planilha de treinamento deve conter apenas treinos de baixa intensidade para que o corpo acostume-se com a nova realidade. É preciso sempre respeitar a individualidade de cada um para que o atleta não corra risco no longo prazo.

A dor do dia seguinte
Apesar de chata, essa dorzinha que você sente no dia seguinte ao treino não é apenas normal, como necessária. Durante a corrida, as fibras musculares sofrem microrrupturas — que causam pequenas dores ou a famosa sensação de cansaço pós-treino. Para se recuperar dessas lesões, seu organismo forma músculos maiores e mais fortes, ou seja, sua musculatura sai fortalecida. Claro que isso depende da intensidade da dor, mas normalmente trata-se de respostas naturais do corpo. É fundamental, portanto, que o atleta respeite esse tempo de cicatrização da musculatura, e isso envolve não só o descanso, como também uma boa hidratação e alimentação. “Quanto maior for o nível de sedentarismo do indivíduo, maior pode ser a queixa de dores depois do exercício físico. E esse desconforto muscular pode ser normal, pois as musculaturas envolvidas não estavam adaptadas para realizar aquela determinada atividade, seja uma caminhada rápida, uma corrida ou até mesmo o esforço de subir e descer escada”, completa Filipe.

Para aliviar a dor
Comer logo depois do treino é fator essencial para que os músculos ativados na corrida se reconstruam com maior eficiência. “Faça uma dieta balanceada, rica em proteínas e carboidratos”, indica Fillipe. O descanso é também uma prioridade. É durante o período de repouso que os músculos se recuperam da atividade e se preparam para ser mais fortes e eficientes. E nada de apelar para remédios que aliviam a dor sem indicacão médica. “O segredo para a prática saudável, seja um atleta profissional ou amador, é colocar a sua saúde sempre em primeiro lugar”, aconselha o treinador.

(Matéria publicada na Revista O2, edição #140 de Dezembro de 2014)

Redação

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