A polícia de Iowa encontrou, na última semana, o corpo de Mollie Tibbetts, uma jovem corredora que estava desaparecida desde 18 de julho. 

Mollie saiu para um rotineiro treino noturno, quando um dos maiores medos dos corredores — especialmente das mulheres — se tornou realidade: ela foi seguida e atacada enquanto corria.

O imigrante mexicano Cristhian Bahena Rivera passou a ser o principal suspeito, pois ele foi visto em um vídeo de vigilância entregue à polícia por um vizinho. Investigadores dizem que o vídeo mostra Rivera seguindo a jovem enquanto ela corria. 

Cristhian confirmou à polícia que seguiu e sequestrou a jovem, mas que não se lembra de nada além disso.

Também foi descoberto que ele está ilegalmente nos Estados Unidos e que utilizava um nome falso para trabalhar em uma colheita agrícola na região. 

Equipes do FBI foram à fazenda onde o mexicano morava, e encontraram Mollie Tibbetts esfaqueada e com diversas contusões. A médica legista do estado disse que a morte foi considerada homicídio; outros detalhes, entretanto, não foram divulgados. 

Yarrabee Farms, a empresa empregadora do imigrante, alega que não fazia ideia de que o funcionário estava ilegalmente no país. Ele lhes deu um nome diferente quando foi contratado e investigado. O mexicano trabalhou na fazenda por quatro anos e “era um empregado com boa postura”, alega a empresa. Rivera está preso aguardando o julgamento.

A comoção pela morte da jovem corredora se espalhou pelos Estados Unidos, assim como homenagens ao longo da semana. Grupos de corredores, especialmente os compostos por mulheres passaram a usar a hashtag #MillesforMollies no intuito de dedicar suas corridas a Mollie e não “abaixarem a cabeça” diante do problema. 

A usuária do Twitter, Kate Sommerville foi uma das pessoas que tweetou usando a hashtag. “Como uma corredora, a morte de #mollietibbetts me machuca o coração. Hoje corri um pouco mais, um pouco mais forte e um pouco mais atenta. Eu vou correr mais atenta, mas não vou deixar que o medo e a violência tirem a minha paixão”.