Surpresa no pódio da Meia Maratona de São Paulo

Atualizado em 19 de abril de 2016
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Com a participação de 8.000 corredores inscritos e uma temperatura agradável que variou entre 21 a 24 graus, o alagoano Damião Ancelmo de Souza, da equipe Pé de Vento, surpreendeu ao vencer neste domingo pela manhã a 3ª Meia Maratona Internacional de São Paulo, disputada com largada e chegada na Praça Charles Miller, no Pacaembu. No feminino, a queniana Angelina Mutuka confirmou o favoritismo e cruzou em primeiro lugar na prova de 21.097 metros. Foi realizada simultaneamente uma corrida de 10 k.

Aos 29 anos, Damião passa pelo melhor momento de sua carreira, obtendo a quarta vitória de 2009. Conhecido por correr sempre ao lado de seu irmão gêmeo Cosme, o atleta não escondeu a alegria. “Esta foi a prova da minha vida”, resumiu o corredor, orientado pelo técnico Henrique Viana, na cidade fluminense de Petrópolis. “Fiz uma corrida tática e me dei bem.”

Damião começou a prova no segundo pelotão, só acompanhando os líderes Luís Paulo Antunes, João da Bota e Franck Caldeira. A partir do quilômetro 15, ele forçou o ritmo e já no 17 liderava a prova para vencer. “Estou muito feliz e só torço para continuar com saúde para brigar por novos bons resultados”, disse o campeão, que corre dia 17 uma prova em Aracaju.

Paulo Roberto de Almeida Paula, que também sempre corre ao lado do irmão gêmeo Luiz Fernando, terminou em segundo lugar e mostrou-se satisfeito com a atuação. “Foi uma prova difícil, com muitas subidas, descidas e curvas. Isso só valoriza o resultado”, disse o atleta de 30 anos, que treina em Bragança Paulista.

Franck Caldeira, medalha de ouro na maratona do Pan-Americano do Rio e campeã da São Silvestre de 2006, sentiu falta de ritmo de corrida. “A minha última prova foi a Corrida de Reis, em janeiro, e não consegui acompanhar os líderes no final. O novo percurso realmente é muito duro e exigente”, comentou o representante do Cruzeiro, terceiro colocado, que não pretende disputar nenhuma maratona em 2009. “Vou me concentrar na provas mais curtas. O grande objetivo é vencer novamente a São Silvestre.”

O queniano Joseph Kibiwott Negetich sofreu uma queda no meio do percurso, machucou o braço, que precisou ser enfaixado, desistindo da prova.

No feminino, o domínio foi africano. Angelina, de 26 anos, comandou a corrida. Ela chegou apenas sexta-feira ao Brasil e já viaja neste domingo para a Itália, onde pretende disputar uma maratona. Ao contrário dos brasileiros, ela achou o percurso excelente. “O clima estava um pouco quente e úmido, mas achei o percurso plano. O meu objetivo era mesmo a vitória e fico feliz por alcançá-lo.”

Angelina completou a prova, seguida da compatriota Milka Kipkeror e da tanzaniana Sara Ramadhani. A brasileira mais bem colocada foi Luzia de Souza Pinto, quarta colocada. “Não tinha nenhuma expectativa de pódio por causa das fortes atletas inscritas e depois senti uma fisgada na coxa no último quilômetro. Só cheguei em quarto lugar porque havia aberto uma boa vantagem”, contou, feliz. “Comecei a prova um pouco atrás e só no km 8 alcancei a quarta colocação.”

Na prova de 10.550 metros, chamada de 10K, Marildo José Barduco venceu com o tempo de 32min03s, enquanto no feminino Josefa Maria da Silva foi a ganhadora com 45min24s. Entre os cadeirantes, a vitória ficou com Jaciel Antonio Paulino (37min15s), e no handcycle o campeão mais uma vez foi Fernando Aranha Rocha (36min11s).

Além do novo percurso, que passou pelo centro histórico de São Paulo, a prova teve também áreas de largada diferenciadas – três na Meia Maratona (21.097m) e duas nos 10K. A definição dessas áreas levou em conta o tempo estimado de participação e conclusão da prova de cada atleta. A escolha das áreas foi feita no ato de inscrição.