Uma medalhista pan-americana no Cartel Endorfina

Atualizado em 25 de julho de 2016
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O que uma medalhista pan-amaricana de Pólo Aquático faz em um Clube de Corredores “Radicais”? Uma vez atleta sempre atleta, mesmo que o esporte mude. Que o diga Cristina Beer, uma engenheira civil de 26 anos que ostenta em casa uma medalha de bronze conquistada nos Jogos Pan-americanos de 1999, junto com a seleção brasileira de Pólo, e que hoje tem na corrida uma grande fonte de “alegria esportiva”.

Cristina também tem o título de uma das fundadoras do Cartel Endorfina, clube de corredores “fanáticos”, criado pela Nike. O pequeno grupo de corredores resolveu fazer uma animada disputa paralela entre eles, que terá como o último desafio a Corrida Nike 10k, em 11 de novembro. Nesta terça-feira, eles se reúnem para a terceira disputa, no Kartódromo em Barueri.

É provável que alguns dos colegas do Cartel nem saibam deste glorioso passado de Cris, como é chamada pelos amigos. Além da medalha pan-americana, com a seleção brasileira de Pólo Aquático ela participou de cinco campeonatos mundiais, quatro pan-americanos, cinco sul-americanos e um pré-olímpico. A carreira de atleta começou aos 13 anos, na seleção júnior e, aos 15 anos, já estava na seleção adulta.

E Cris pelo jeito não trocou a natação pela corrida sem piedade. A atleta nada regularmente no Clube Paulistano, em São Paulo. Tão regularmente que estava inscrita pelo Clube para participar de etapa do Campeonato Paulista de Natação há algumas semanas. Pelo jeito, o que importa é não ficar parada. “Joguei Polo por 14 anos e comecei correr há uns cinco anos, e daí fui pegando gosto. Há cerca de dois anos comecei a treinar”, resume.

A prática da corrida foi muito influenciada pela amiga Daniela Friso (vice-líder da competição do Cartel Endorfina atualmente) com quem costumava jogar tênis. Sim, há ainda um outro esporte na vida desta campeã aquática, iniciado aos 10 anos. “Conheci a Dani jogando tênis, depois começamos correr e ela se saiu muito bem nas corridas e eu, para conseguir acompanhá-la nas provas, passei a treinar mais”. Na maratona de revezamento Volta à Ilha, em Florianópolis, o time com Daniela e Cris conquistou a segunda colocação.

Depois de muito tempo sem competir no Tênis, Cris e Daniela voltaram a jogar juntas recentemente e no mês passado participaram do campeonato paulista interclubes. As duas tenistas e corredoras companheiras de Cartel Endorfina conquistaram o título de campeãs no simples e vice-campeãs nas duplas pelo clube Paulistano.

Cris treina com a assessoria RN Running Team, comandada pelo seu ex-treinador de seleção brasileira de Pólo Aquático, Rodney Bell, que hoje treina um grupo de corrida (na foto com Cris, à esquerda). O horário preferido, ou melhor, possível, para correr é à noite, no seu Clube de tantos esportes. Atualmente, apenas às terças estão excluídas da rotina de treinos de Cris, já que a atleta precisa acordar às 5 da manhã para visitar uma obra fora de São Paulo. Pelo raciocínio de atleta, somente a prática esporte mesmo para dar tanto pique.