Os estudantes universitários, na maioria das vezes, têm uma meta: conseguir um estágio durante a faculdade. Com Carolina Zaiden Rezende, 23, não foi diferente. Quando estava com 19 anos – em 2009 –, buscava sua primeira oportunidade no mercado de trabalho. Porém, uma entrevista de emprego mudaria a sua vida. “Fui recusada logo de cara na empresa, pois estava fora de forma e não tinha a aparência que eles julgavam necessária”, conta Carolina, à época, com 91 kg. Foi então que resolveu que isso não seria mais um problema e eliminou 32 kg com muita corrida – de duas a três vezes por semana –, malhação – faz musculação, boxe, muay thai e spinning – e alimentação saudável. O caminho, contudo, não foi fácil.

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Desde a adolescência, Carol teve brigas constantes com a balança. “Mesmo com as piadas dos colegas na escola, minha vontade era de comer ainda mais”, explica a estudante. Com 16 anos, tudo piorou. “Minhas amigas começaram a namorar e eu estava sempre sozinha.”

Já mais velha, pouco depois da fatídica entrevista mal sucedida, a estudante procurou um endocrinologista, já que alguns primos dela haviam emagrecido sem esforço após passarem por esse especialista. “Ele me receitou alguns remédios e, com a ajuda deles, emagreci 20 kg”, lembra a jovem. “Porém, quando parei de tomá-los, voltei a engordar exatamente os 20 kg que havia perdido”, diz. Depois de um período em depressão, ela decidiu que mudaria os hábitos alimentares e começou a se exercitar, em março de 2011.

A motivação agora era outra. “Olhava as fotos de quando eu tinha emagrecido e queria aquilo de volta para mim.” Tudo começou na alimentação: Carol parou de beber refrigerante, diminuiu os doces, as frituras e massas, e aumentou o consumo de frutas, verduras e legumes. “Também comecei a beber muita água”, afirma.

O próximo passo foi sair do sedentarismo. “Comecei a fazer caminhadas em um parque próximo à minha casa algumas vezes por semana.” Com essas duas medidas – exercício e alimentação – a estudante voltou a perder os 20 kg, ficando com 71 kg, em pouco mais de oito meses. Ela manteve o peso até o início de 2013.

A última etapa foi a mais complicada. “Intensifiquei a dieta e procurei um nutricionista para me ajudar.” Ela aprendeu a se alimentar melhor, comendo de três em três horas, sempre carregando uma lancheira térmica com lanchinhos para todas as horas. Carol também entrou para uma academia. “Fazia exercícios aeróbicos sete dias por semana, entre aulas de spinning e esteira, apenas caminhando.” Aos poucos, os passos viraram corridas leves e jovem não parava de melhorar.

Outros hábitos mudaram em sua vida. “Antes, subia dois andares de um prédio sempre de elevador, não tinha fôlego para nada.” O que mais orgulha a estudante é o fato de conseguir correr. “Coloquei isso como objetivo depois que estava indo para o ponto de ônibus e percebi que ônibus que eu precisava estava chegando.” Ela correu por meio quarteirão e teve que parar, ofegante, pois não aguentava mais.

Antes sedentária, Carol, hoje, corre de duas a três vezes por semana, entre treinos intervalados e treinos de 5 km. Para manter a forma, também faz boxe, muay thai, musculação e spinning. Apenas em 2013, a jovem perdeu mais 12 kg, chegando a 59 kg.

Ela mantém a forma com todos esses treinos e uma dieta equilibrada. A corrida hoje é inseparável. “Ela [a corrida] representa uma meta alcançada na minha vida, além de uma forma de fugir dos problemas por alguns momentos.”

Carol conseguiu um estágio e está muito mais saudável hoje. A estudante deixa uma mensagem para todas as pessoas que, como ela, querem perder peso. “Não é nada fácil emagrecer, não acontece do dia para a noite. Mas quando nos impomos uma meta, lutamos e a alcançamos, é extremamente gratificante, realizador.” Ela lembra que, durante o processo, “haverá momentos em que você vai querer desistir de tudo, mas o importante é ser mais forte e não largar mão dos objetivos.” Para finalizar, ela afirma: “emagrecer a qualquer custo não vale a pena, a saúde precisa vir em primeiro lugar.”

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