Entre a cozinha e a corrida com Carolina Brandão

Atualizado em 27 de abril de 2016
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Por Odara Gallo

Há 19 anos, Carolina Brandão era apenas uma garotinha de 12 anos que circulava pela padaria do pai, um engenheiro que resolveu abrir o próprio negócio. Ali, nasceu a vontade de entender mais sobre os alimentos e saber prepará-los. Transformar farinha, ovo e leite em belos pães e bolos que enfeitavam as vitrines do estabelecimento viraram o sonho da menina. “Fiquei muito interessada pela parte da confecção dos pães e confeitaria e resolvi estudar gastronomia. Não existiam muitas opções na época, mas a minha família me apoiou.

Fui estudar em Águas de São Pedro e me formei chef de cozinha”, conta Carolina. De um estágio no restaurante Carlota, de Carla Pernambuco, surgiu a parceria que já dura quatro anos. Carolina, hoje com 27 anos, mantém uma rotina atribulada, já que auxiliar no comando da cozinha de um restaurante de sucesso exige muito. É aí que a corrida entra para dar a ajuda. “Sou de Araraquara, mas quando mudei para São Paulo não fazia mais esportes. Sentia necessidade de praticar algo e me matriculei na academia. Foi lá que conheci um grupo de corrida e comecei a participar”, lembra Carolina. O que parecia ser apenas mais uma atividade no dia-a-dia dela se tornou uma relação de cumplicidade surpreendente. “

Eu nunca imagine que a corrida fosse um esporte possível para mim, porque eu tenho bronquite, achava que não fosse conseguir correr nunca”. Mas a possibilidade de praticar o esporte se tornou uma realidade e as vantagens da corrida começaram a fazer parte da vida de Carolina. “O esporte me conquistou porque não dependo de ninguém para praticar e promove uma socialização bem bacana, como nas provas. Até por conta disso, as empresas costumam apostar no incentivo dessa prática, pois é uma maneira das pessoas se aproximarem”, opina. Você deve estar imaginando que entender tudo sobre os alimentos é uma vantagem da chef corredora Carolina sobre os outros praticantes, mas ela confessa que, apesar de saber usar a comida a seu favor, raramente tem tempo para manter um cardápio regrado. “

Sei bastante como me alimentar, mas, por incrível que pareça, tenho problemas com a minha alimentação por causa da correria do trabalho”. Apesar disso, a corrida ainda consegue ter influência na hora de Carolina escolher o que vai comer antes de treinar. “Procuro seguir a regra pelo menos antes de treinar, como pão integral, queijo branco, mel e papaia. Na volta, como uma banana”, disse. Os dias que antecedem as provas também merecem atenção especial, mas nada de inventar no menu. “Antes de uma corrida, tento não sair da minha alimentação normal para não correr o risco de ter algum desconforto”, finalizou.