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Eu Fui!: Meia Maratona de Curaçao

Comecei a correr em janeiro de 2015 e, em menos de um ano, encontrei um mundo que desconhecia. Fiz novos amigos, reencontrei outros, mudei meu relógio biológico e tive a paz de espírito nos 21 km. A Meia-Maratona de Curaçao foi a nona prova de 21 km que completei nesse período.

Toda essa empolgação acabou me rendendo um problema nos joelhos, que me obrigou a mudar meus treinos e me fez levar muitas broncas da minha personal trainner. Embarquei para o Caribe, portanto, temeroso de sentir dores, mas extremamente feliz por que seria a primeira vez que viajaria para correr com a minha mãe, que acabava de terminar um tratamento contra um câncer. Na época em que comprei a passagem, nem sabia se ela já iria ter terminado o tratamento até a data da viagem, mas, mesmo assim, resolvi arriscar.

Gosto muito de praias e o Caribe, em especial, tem paisagens incríveis. Mas estava com receio do calor. Já tinha corrido uma prova no Panamá, com um calor foi de matar. Em Curaçao, contudo, foi muito diferente. Foi a melhor prova que fiz na minha curta carreira de corredor amador. Os hotéis se preparam para receber os corredores, recepcionando todos com entusiamo. Ficou nítido que a ilha estava em festa para receber corredores de mais de 20 países.

A prova foi muito bem planejada e havia várias opções de trajetos: 42 km, 21 km, 10 km e 5 km, cada um com largada em um horário específico. Isso foi bem bacana porque, no final, eram mais de 2.000 corredores celebrando, quase que no mesmo horário, a chegada em Mambo Beach.

O trajeto dos 21 km foi bem pensado pela organização da prova. Passamos por grande parte dos pontos turísticos emblemáticos de Curaçao. Os pontos altos da corrida foram cruzar as duas pontes mais famosas de ilha: a Queen Emma e a Queen Juliana. Senti uma emoção indescritível! Ficava perdido com tanta beleza natural. Quero voltar para outras provas lá.

Ao final dos 21 km, encontrei minha mãe toda feliz nas areias de Mambo Beach. Encerrei minha nona meia-maratona de 2015 sem nenhuma dor nos joelhos e pude ter certeza de que os novos treinos estavam dando resultado. Após receber a medalha, não tive outra opção: dei-a para minha mãe, a verdadeira vencedora, que acabava de encerrar um período difícil de cirurgia e quimioterapia sem, no entanto, nunca ter pedido o sorriso e a vontade de viver.

 

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Redação

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