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Por que o bumbum é tão importante na corrida?

O gluteus maximus (vulgo bumbum) é, ao mesmo tempo, o acelerador da passada na fase de propulsão (impulsionando a pelve e o corpo para a frente) e o “freio” da perna (quando este músculo é ativado para diminuir a velocidade do membro inferior) na fase de recuperação. Os movimentos impedem que você penda para a frente durante a corrida. Por isso é tão importante. Isso explica a necessidade de fortalecimento da região e treino de ­ flexibilidade para um ganho de rendimento, economia de energia e melhora de desempenho. E, como consequência, a prevenção de lesões na região pélvica. Mais: a fraqueza do gluteus maximus proporciona um desequilíbrio de ações da pelve e das pernas, forçando-as a compensar o esforço. A disfunção pode gerar patologias como a sobrecarga da banda iliotibial e lesões de ligamentos de joelhos e tornozelo.

++ LEIA MAIS:
>> GLÚTEOS FORTES PARA ACELERAR E FREAR NA CORRIDA

Fase 1
Na fase de apoio, o gluteus maximus é ativado para acelerar o movimento, dando o impulso da passada. Essa ativação depende da velocidade da corrida. Quanto mais rápido você estiver, mais o músculo é exigido.


Ilustração: Erika Onodera

Fase 2
Da caminhada à corrida, a contração do gluteus maximus aumenta em 50% e chega a contrair duas vezes mais quando atinge velocidades entre 7 e 14 km/h. Durante a passada, o músculo funciona como um extensor do quadril e atua junto ao bíceps femoral na geração de força.


Ilustração: Erika Onodera

Fase 3
Na última fase da passada, a de frenagem, o músculo é ativado excentricamente – descontração – e evita que a perna se desloque para a frente. Outra ação importante do gluteo maximus é de estabilizar o tronco, evitando seu deslocamento excessivo para a frente.


Ilustraçao: Erika Onodera

Darwin explica
Pode reparar, os nossos primos mais próximos, os chimpanzés, não possuem um “bumbum” carnudo. Esse é um dos motivos por eles correrem daquela forma desajeitada, com as quatro patas. As descobertas de cientistas por meio de fósseis sugerem que os nossos ancestrais também não possuíam essa área desenvolvida. A coisa só começou a mudar há cerca de 2 milhões de anos, com o Homo Erectus.

FONTES André Venturine, ­ fisioterapeuta e coordenador do Labs for Fit. Fabrício Naves, especialista em medicina do exercício e esporte pela Unifesp e médico da Labs for Fit. Rodrigo Resende Palhares, médico do esporte do INA (Instituto do Atleta).

Reportagem publicada na edição 129, de janeiro 2014, da Revista O2.

Redação

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