Por Rodrigo Lobo*
Quem já não se perguntou: “será que estou correndo pouco?” Ou ainda comentou com um amigo: “preciso treinar mais!”. Para o atleta que vem refletindo sobre possíveis mudanças no treinamento, esta será a oportunidade de repensar o assunto para evitar colocar em risco a saúde e a otimização de seus resultados.
Vamos voltar para a década de 1970, quando a corrida se popularizou influenciada principalmente por Kenneth Cooper, o mesmo atleta que desenvolveu o teste de Cooper, que é muito usado até hoje. Kenneth teve os seus estudos sobre os benefícios da prática sistemática da corrida de longa distância intensificados e difundidos mundo afora.
Algumas dessas pesquisas recomendavam o seguinte: quanto mais intenso e freqüente os treinos, maiores eram os benefícios. Assim, milhares de pessoas seguiram a bula de Cooper e saíram às ruas sem o devido controle das distâncias e velocidades de seu treino, o que é um grande risco à saúde.
Apesar das recomendações iniciais de Cooper, muitos contestavam o método, e novas pesquisas foram realizadas. Concluiu-se, então, que a prática segura da corrida deve conter uma avaliação clínica e física prévia, além de um planejamento de treinos adequado que respeite o nível de aptidão de cada corredor.
A partir da década de 1990, o número de corredores de rua cresceu vertiginosamente. Essa nova onda da corrida fez com que a empolgação tomasse o lugar da cautela. Com isso, o número de corredores lesionados ou vítimas de outros tipos de comprometimentos também aumentou, apesar do avanço paralelo da tecnologia e da ciência.
Os resultados obtidos em estudos recentes foram assustadores e os índices de corredores – que apresentaram históricos de lesões – variavam entre 37% e 56%.
O aumento da distância percorrida semanalmente e a mudança repentina de hábitos de treinamento são os principais fatores de risco de lesões, devido à dificuldade de adaptação dos tecidos às rápidas mudanças. Erros de treinamento como não graduar a evolução dos treinamentos intervalados, da velocidade, da freqüência e a duração estão entre os principais responsáveis pelas instalações de lesões.
A aplicação de exercícios educativos, com ênfase em correções dos movimentos, somado a treinamentos específicos de força são ferramentas importantes para a otimização do rendimento e torna o movimento energeticamente mais econômico, por meio de alterações fisiológicas e biomecânicas.
Um programa de treinamento elaborado com essas ferramentas, com uma boa distribuição das distâncias e velocidades percorridas semanalmente (qualidade), tem como objetivo substituir os treinamentos baseados em grandes distâncias (quantidade) e, conseqüentemente, aumentar o rendimento na corrida e diminuir a incidência de lesões.
* Rodrigo Lobo é formado em Educação Física pela Universidade de São Paulo, é personal trainer e diretor da equipe Way 2 Run – Assessoria Esportiva. e-mail: rodrigo@way2ruun.com.br.
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