Categories: Experts

A “caminhada” de São Silvestre

Não vamos nem discutir aqui o descaso com que a corrida mais famosa do país é tratada por parte de quem deveria mais se preocupar com ela.

Não vamos falar dos erros até no nome da corrida impresso nos números de peito e nas grandes oportunidades perdidas para fazer da Corrida de São Silvestre um marco no turismo da Cidade de São Paulo.

Participei da Corrida de São Silvestre de 2014 com uma grande expectativa pois o percurso havia passado por poucos ajustes, a prova voltou a ficar simpática com seu início e termino na Avenida Paulista e eu tinha a sensação de que a empresa organizadora do evento havia se preparado melhor para este grande evento, utilizando as duas pistas da Paulista na largada e uma entrega de kits mais eficiente com hora marcada.

Apesar do alargamento na largada não senti diferença no tempo gasto do meu ponto de saída até a faixa de largada (aproximadamente 20 minutos) mas isso não chegava a ser um problema pois minha participação era meramente festiva.

O que me preocupou foi que após a largada analisei que os mesmos problemas técnicos dos outros anos se mantiveram nesta edição, a diferença foi que o valor da inscrição deste ano foi mais alto que a do ano passado (R$130,00 neste ano e R$90,00 em 2013).

Desci a Avenida Pacaembu e quando virei a esquerda, aproximadamente no km 4 a prova parou… Sim parou, literalmente. Foram aproximadamente 3 ou 4 minutos parado ouvindo o público gritar “vergonha, vergonha” para depois continuar em ritmo lento até normalizar. Mesmo problema, com menor intensidade, ocorreu no km 10 na saída da Avenida São João entrando no Largo do Arouche, os dois pontos de hidratação que poderiam ter sido colocados nas avenidas maiores e mais largas onde não haveria tamanha aglomeração.

Água quente, sem novidades, muita gente caminhando e o resultado foi aproximadamente 80% da prova correndo pela calçada para tentar fazer a corrida valer como um treino positivo para a melhoria ou manutenção do meu condicionamento físico.

Devo ressaltar o ponto positivo observado que foi a entrega de Gatorade durante a prova, gelado e em quantidade suficiente ao menos até o momento de minha passagem, e a medalha entregue em um local mais do que confuso após o pórtico de chegada mas de grata beleza.

Para mim é muito comum, durante a minha participação na São Silvestre, fazer uma retrospectiva do ano e projetar meus objetivos para o ano que se inicia e não pude deixar de fazer uma comparação entre a nossa mais famosa prova de corrida com a administração do nosso futebol e realmente, após a prova, senti a mesma sensação dos inesquecíveis 7 X 1 para a Alemanha.

Tanto na corrida como no futebol é impossível queremos melhorarmos e sermos os campeões do mundo se tratamos nossos esportes como várzea.

Um grande abraço a todos e até a próxima!!!

Professor Zeca

Diretor Esportivo da Ztrack Esporte e Saúde Coach Esportivo Formado em Educação Física e Nutrição Várias pós-graduações e cursos no exterior Colunista do Programa Fôlego da Rádio Bandeirantes Colunista da Revista O2

Share
Published by
Professor Zeca

Recent Posts

MOV: evento esportivo da BB Seguros reuniu cerca de 10 mil pessoas em São Paulo

A cidade de São Paulo foi palco no sábado, dia 9 de julho, do MOV…

4 horas ago

Eco Run São Paulo teve conscientização ambiental e sustentabilidade

A cidade de São Paulo foi palco no domingo, dia 10 de julho, da Eco…

4 horas ago

7 dicas para voar nos 21 km

Saiba como você pode melhorar (ainda mais) o seu tempo na meia-maratona

3 dias ago

Eco Run São Paulo abordará conscientização ambiental e sustentabilidade

A cidade de São Paulo será palco no dia 10 de julho da Eco Run,…

5 dias ago

Eco Run em Salvador: corrida e conscientização ambiental em pauta

A Eco Run chegou a Salvador no último domingo, dia 3 de julho, com a…

6 dias ago

Up Night Run em Ribeirão Preto tem muita música e diversão; veja as fotos!

A Up Night Run é mais do que uma corrida, é a proposta de uma…

6 dias ago