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Tudo começa pela educação

As pessoas  precisam conseguir se locomover, em especial, nas grandes cidades – onde existe maior crescimento da população e de todos os problemas do desenvolvimento, como trânsito, poluição, estresse…

E esta busca se inicia desde o momento que a pessoa sai de sua casa, do seu prédio, com rampas de acesso para carrinhos de bebês, pessoas de terceira idade, e deficientes, até o simples caminhar na calçada, o atravessar a rua com segurança, o deslocamento com o seu veículo, condução da moto ou bicicleta.

Estamos recebendo da prefeitura da nossa cidade (São Paulo), um número grande de ciclovias. Só em setembro, foram 60 km. E a ideia é aumentar ainda mais os mais de 3 milhões que utilizam da bike para se locomover. Sem campanha política, até porque estas atitudes tiveram início em outros governos, liderados por outros partidos, quem se relaciona a tempo com a bicicleta, jamais poderia imaginar que viveríamos este quadro de inserção, ainda mais em uma cidade como a nossa, com topografia difícil, tráfego caótico e pessoas cada vez mais agressivas no trânsito. Porém, partindo de um pensamento chinês que diz mais ou menos assim: “se você quer dominar um povo, dê-lhes o que comer (o que, nos tempos de hoje, seria a BOLSA FAMÍLIA). Mas se você quer que ele prospere, dê-lhes educação.

Tivemos em um passado recente uma campanha que perdurou por alguns meses na televisão e na mídia, sobre o respeito a faixa de pedestres, e temos colhido, ainda hoje, mesmo sem a manutenção desta campanha, um resultado positivo. E basta sairmos nas ruas a pé para vivermos esta experiência e nos certificarmos disso. No caso das ciclovias, com a mesma velocidade que elas têm sido criadas, deveríamos ter campanhas de conscientização para todas as partes, dos ciclistas respeitando as leis, em especial de trânsito, sobre velocidade, faixas, placas de pare e mãos certas, até os pedestres, que tem usado a ciclovia para se deslocarem simplesmente, ou com seus carrinhos de bebês, compras de supermercados, suas corridas frequentes, ou pelo simples fato que por onde passam, as calçadas impossibilitam esses mesmos pedestres, de se locomoverem, sejam pelos pisos das calçadas, irregulares, as raízes de grandes árvores que estouram o concreto, os postes de luzes que ficam simplesmente no meio delas, ou o lixo deixado no meio do caminho das pessoas. O que precisamos mesmo, é começar pela educação das pessoas, antes de qualquer outra boa iniciativa.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Ricardo Arap

É educador físico, especialista em treinamento desportivo e ciclismo, e diretor-técnico da Race Consultoria Esportiva. Atleta amador de ciclismo, tem em seu currículo 12 participações na Race Across America entre 1998 e 2016, sendo cinco em equipe e sete solo.

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