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Bike inglesa dobrável Brompton chega ao Brasil

Os ciclistas urbanos mais sintonizados com o mundo das bicicletas provavelmente já devem ter ouvido falar da inglesa Brompton. Feita com requintes que beira o processo artesanal, ela é objeto de desejo de bikers mundo afora, pois é considerada a melhor bicicleta dobrável do mundo, e ainda tem designer diferenciado, o que a torna “cool”, no jargão da moda. Pois a marca agora chega ao Brasil e em breve estará disponível em poucas e boas lojas.

A chegada da Brompton ao Brasil tem uma história inusitada, que passa um pouco fora dos processos normais de representação no mundo dos negócios. Em outubro de 2010, os diretores da Agência Milk, Ricardo Santos e Rodrigo Raso, viajaram para Londres para participarem da Meia Maratona na capital inglesa. Ciclista urbano, Ricardo viajou também com a intenção de voltar com uma bicicleta dobrável para facilitar a sua rotina de quem há um ano abriu mão de ter carro em São Paulo.

“Eu pesquisei algumas lojas na Internet e quando cheguei à Londres e fui visitá-las me apaixonei pela Brompton, que eu não conhecia. Ela é muito inteligente do ponto de vista da engenharia de construção e também é linda, totalmente diferenciada”, descreve Ricardo.

Apesar de ter se apaixonado pela bike, voltou para casa sem uma. No entanto, ao visitar uma feira de bicicletas que estava sendo realizada na capital inglesa naquele momento puxou conversa com a equipe do estande da Brompton e foi informado que um diretor da marca estava de viagem marcada para o Brasil.

Ao chegar ao país, Ricardo estava completamente arrependido de não ter comprado a bicicleta. “Eu não conseguia parar de pensar nisso! E tinha ficado com a informação da tal viagem do diretor ao Brasil, então, entrei no site e mandei um e-mail para eles me apresentando e dizendo que trabalhava com alguns projetos relacionados à mobilidade urbana e se eles estavam pensando em lançar a marca no Brasil eu gostaria de apresentar a Milk para esse trabalho”, relembra Ricardo.

Os ingleses foram rápidos e atenciosos no retorno, e ainda acrescentaram que estavam à procura de um distribuidor, perguntando se Ricardo gostaria de conversar sobre isso. “Conversamos entre nós aqui e concluímos que tínhamos condições de dar esse passo, pois a Milk faz conexão com gente saudável e qualquer negócio relacionado a isso nos interessa. Nós montamos uma estratégia de distribuição que tem muito a ver com construção de imagem, colocando-a em lojas boas, e até mesmo em concessionárias de carro”, relata Ricardo.

Depois de apresentarem pessoalmente a estratégia para o diretor da Brompton que veio ao Brasil, saíram da reunião sem saber se o executivo tinha gostado ou não. “Uma semana depois ele manda um e-mail de Londres perguntando se o fato de nós não sermos nem importadores, nem distribuidores, nem loja de bicicleta ou sequer trabalhar com comércio não seria um problema. E eu respondi que com certeza seria um problema, mas não grave, pois é algo fácil de ser aprendido”, diverte-se Ricardo.

Uma semana depois receberam um convite oficial da Brompton para representarem a marca no Brasil. Em novembro começou os trâmites burocráticos de contratos, que envolveu também a criação de uma operação paralela na Milk para tocar o negócio. No próximo mês, a bike já deve estar disponível para a venda ao público nos pontos de vendas.   

Os atrativos da Bike

Ricardo sustenta que do ponto de vista técnico ela é a melhor bike dobrável do mundo. “Por diversas razões… ela é feita há mais de 30 anos, e por um monte de engenheiros ingleses malucos que só pensam neste produto há três décadas, basicamente chegaram à perfeição. O nível de detalhes que a bike tem é incrível. Cada uma é construída com mais de mil peças! E são feitas quase que artesanalmente, são produzidas apenas 30 mil bikes por ano, enquanto outras marcas fabricam cerca de 800 mil/ano”.

A fábrica da Brompton é em Londres e eles não terceirizam a produção sob hipótese nenhuma. “A fábrica deve estar num dos metros quadrados mais caros do mundo, mas eles não terceirizam, pois dizem que ninguém vai conseguir fazer com a qualidade que eles fazem”, diz Ricardo. Por esta razão, a importação das bikes é feita “inteira”, ou seja, não há montagem no Brasil. “O nível de requinte é tanto que a pintura é feita no País de Gales, pois nenhuma empresa de pintura de Londres atende os requisitos deles”.

“Quando visitei a fábrica em Londres comentei com o gerente que eles venderiam o mesmo tanto de bikes se tivessem a metade do cuidado que eles têm, pois chegava ao nível da obsessão por qualidade, e a resposta do gerente traduziu bem o espírito e valor da marca: – a gente não sabe fazer de outro jeito”.

Outro grande atrativo da marca é a possibilidade de personalização, são três tipos de guidão, de selim, e 15 cores diferentes, por exemplo. “Com isso as possibilidades de construção passam de mil”, explica Ricardo, à equerda na foto, ao lado da bike verde e laranja que escolheu. “Aqui no escritório ninguém tem cor repetida”.

Na Inglaterra, a bike foi lançada para ser uma ferramenta, tanto que eles a chamam de “tool” (ferramenta em inglês), e oferecem cinco anos de garantia. Aqui no Brasil, claro, ela chega como um produto “cool” para um mercado de luxo, uma vez que custará entre R$ 4 mil e R$ 8.500 mil. 

“A Milk vai colocar a mesma porcentagem de lucratividade que todos os países do mundo, e o revendedor também, mas, vai custar o dobro por conta do imposto de importação brasileiro. Mas, acreditamos que há uma demanda, pois não há um mercado de bike dobrável premium”, valia Ricardo.  

Os ciclistas que quiserem personalizar a bike têm outra opção de compra, sob encomenda: a Milk está montando grupos, com cerca de 15 pessoas cada, para fazer o pedido à fabrica em Londres de acordo com a vontade do cliente. “A formação do grupo viabiliza o custo da importação”, explica Ricardo. O tempo médio de espera para a bike personalizada é de aproximadamente três meses. Os interessados podem acessar o site http://bromptonbrasil.com/ e enviar um email para saber como entrar em um dos grupos das importações customizadas.

“A bicicleta grande é legal, mas tem alguns inconvenientes, por exemplo, quando começa chover você precisa parar em algum lugar ou decidir ficar molhado mesmo. E com a bicicleta dobrável, nessas condições eu chamo um taxi e vou embora para casa. Ela muda a vida”, completa Ricardo.

 

Redação

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