Manter o corpo saudável é mais importante do que baixar as suas marcas. Esse é o primeiro conselho para quem quer evitar a fadiga após e durante os treinamentos. Mas algumas atividades podem ajudar a combater o cansaço em demasia. O esgotamento físico muitas vezes está ligado às desordens na alimentação, falta de sono e em boa parte dos casos ao estresse físico e mental. 

Portanto, caso sinta que algo encontra-se fora do lugar, tome cuidado, uma vez que a fadiga pode aumentar os riscos de lesão, diminuir a energia para as tarefas cotidianas e até mesmo deixar o corpo desprotegido contra doenças. 

Para a nutricionista Patrícia Bertolucci, especializada em fisiologia do exercício pela Unifesp, a fadiga momentânea é causada principalmente pela deficiência de vitaminas do complexo B. “As B3 e B2 são as que mais interferem no rendimento, e estão em grãos integrais e legumes. Já a B12 também é importante e se encontra nas carnes vermelhas, leite e derivados”, explica.

Mas o que fazer para enfrentá-la e não abandonar os treinamentos?

– Hidrata-se antes, durante e depois das atividades. 

– Cuide da periodização. Os atletas devem incluir sessões de treinamento regenerativo com baixo volume e intensidade.

– Os alongamentos ajudam. Mantenha-se em cada posição entre 15 e 25 segundos; 

– Em treinamentos intensos, uma boa dica é utilizar uma banheira de gelo. Se não for possível, enxague os músculos com água fria; 

– Ao terminar, faça uma volta em ritmo mais leve (trote). O exercício suave ao fim da atividade intensa ajuda a eliminar o ácido láctico;

– Alimente-se bem. Massas, carnes, frutas e verduras devem estar presentes; 

– Alguns chás ajudam a eliminar a fadiga. O ideal é ter o acompanhamento de uma nutricionista;

– Com o corpo cansado, peça para que seu treinador acrescente alguns dias de folga em sua planilha;

– Ao sentir qualquer dor, pare imediatamente e tente se recompor;

– Respeite seus limites individuais como distância e tempo. Seu treinador saberá quando poderá aumentar os desafios; 

– Durma bem. Sete horas por dia, são suficientes para não comprometer a saúde e atividade profissionais; 

– Atividades prazerosas durante o dia estimulam o cérebro e o corpo. 

(Fonte: Marcelo Leitão, cardiologista; Raúl Santos de Oliveira, fisiologista; Levi Torres, diretor técnico do Treinamento Esportivo Sandro Performance)