Estamos em outubro, mês onde tudo fica rosa para a campanha de conscientização que visa alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é mais comum em 140 países, entre eles o Brasil, e, além do autoexame (que deve ser feito periodicamente), outra forma de prevenir a enfermidade é praticar atividades físicas, segundo estudos realizados recentemente.

De acordo com pesquisa divulgada na conferência “European Breast Cancer”, realizada no começo do ano na Escócia, além de dar mais energia, disposição, humor e ajudar no controle do peso, os exercícios físicos podem evitar o desenvolvimento do câncer. O trabalho mostrou que mulheres que se exercitam de modo intenso, durante uma hora por dia, podem diminuir em até 11% as chances de ter câncer de mama. Os dados também apontam que mulheres que praticam atividade física por um período de tempo maior podem melhorar a proteção contra a doença, em comparação às menos ativas.

Outro estudo, este publicada pela revista científica Public Library of Science One, vai encorajar mais mulheres a calçar o tênis para dar uma corridinha ou caminhada.  De acordo com a pesquisa, quem pratica estes exercícios aeróbicos regularmente reduz o risco de mortalidade por câncer de mama em 40%.

Autor da pesquisa, o Dr. Paul Williams, do  Lawrence Berkeley National Laboratory,  disse a publicação que foram examinadas, especificamente, mulheres corredoras e praticantes de caminhada, ao contrário de outros estudos parecidos realizados com mulheres que fazem outros tipos de atividade física.

De acordo com o relatório “Recomendações Mundiais Sobre Atividade Física”, feito pela OMS, por volta de 25% dos casos de câncer de mama e de cólon poderiam ser prevenidos se as pacientes praticassem exercícios por, no mínimo, 2 horas e meia por semana.

Uma caminhada de 30 minutos, três vezes por semana, já é suficiente, mas, antes de colocar o tênis e partir para a rua ou esteira, é recomendável que seja feita uma avaliação médica para saber qual é o exercício mais indicado e seu grau de intensidade. Independente da atividade física é importante que ela dê prazer e seja adequada a praticante.

(Fonte: Dr. Amândio Soares, oncologista da Oncomed Belo Horizonte)