Comecei a nadar aos 8 anos. Sempre gostei das competições, mas confesso que quando os treinos começaram a ficar puxados, ali pelos 11 anos, fazia tudo para não ir ao Clube Curitibano e se não fosse por imposição da minha mãe, minha carreira teria terminado por ali.
Era campeão estadual. Participava de campeonatos brasileiros e havia ido a algumas finais, mas nunca subido ao pódio. Aos 14 anos tive uma importante mudança de atitude: chamei meu técnico para uma reunião e conversamos horas sobre tudo o que era possível fazer para que eu me tornasse campeão brasileiro.
Na época, os conhecimentos de fisiologia eram limitados, buscávamos trabalhar o limiar através de um certo “intervalo de cruzeiro”, e não nos alimentávamos nem bebíamos água durante os treinos, mas saí da reunião com dicas comportamentais, de nutrição e até de controle do relógio biológico. Segui tudo à risca e 3 anos depois, em dezembro de 1986, venci os 200 m livre no Campeonato brasileiro de verão – troféu Julio Delamare. A natação já era uma grande paixão em minha vida. Segui buscando a superação, acumulando experiência e conhecimento em vitórias e derrotas. Fazendo amizades, conhecendo outras cidades, países e consolidando hábitos saudáveis.
Em 1995, após disputar o Troféu Brasil por 10 anos consecutivos, deixei as competições de alto nível. Logo voltei às piscinas em competições master – menos responsabilidades, mas o mesmo prazer em “castigar a molhada” . 2009 é o meu 1º ano na categoria 40+ e o esporte continua fazendo parte da minha vida. E fará sempre…
Como leitor do ativo.com, certamente você tem uma história bacana de descoberta dos prazeres que o esporte proporciona para contar. Pare um pouco e reflita sobre isso. Terá sido a persistência de colega que te fez experimentar? E o que te fez ir mais longe? Um técnico inspirador ou um ídolo que queria seguir?
Antes daquela reunião com meu técnico aos 14 anos eu já era disciplinado, porque queria nadar que nem o Newton Kaminski, colega de clube, 4 anos mais velho. Um símbolo de dedicação e performance, e a quem eu escolhi seguir. Quem foi o Kaminski da sua trajetória?
Hoje, como supervisor das academias Gustavo Borges, insisto durante as reuniões com os professores que o profissional de educação física não pode assumir uma postura passiva diante da desistência de um aluno. O esporte reserva muitos prazeres e perspectivas de disposição para o corpo e mente.
É preciso entender o momento de cada pessoa e, eventualmente, sugerir um trabalho diferenciado ou outras modalidades, para manter o nível de entusiasmo do aluno, mas ao permitir que alguém volte ao sedentarismo, deixamos de fazer a diferença na vida deste individuo através da prática da atividade física.
Desde a década de 80, a medicina evoluiu muito, revistas especializadas e programas de grande audiência pregam os benefícios da alimentação saudável e da prática da atividade física. Paralelamente, surgiram as academias de ginástica, os grupos de corrida, inúmeros tipos de modalidade, canais de TV especializados e surgiram milhões de novos praticantes no mundo inteiro. Mas ainda há outros milhões que ainda não estão “convertidos”.
Nós, apaixonados pelo esporte, assim como os professores de educação física, temos uma missão diária de pregar os prazeres e benefícios da atividade esportiva aos que ainda não experimentaram ou àqueles que tiveram experiências ruins ou por um ou outro motivo desistiram. Seja o agente da inclusão de alguém próximo no esporte. É uma das melhores coisas que você pode fazer por alguma pessoa. Por quem você vai começar?
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