No primeiro dia da natação do 13º Mundial de Esportes Aquáticos, em Roma, o revezamento 4x100m livre masculino do Brasil deu show e bateu o recorde brasileiro, sul-americano e de campeonato, com 3m11s26. O campeão olímpico César Cielo também melhorou sua marca sul-americana dos 100m livre na abertura, com 47s39, que também passa a ser recorde de campeonato.

O time do revezamento, formado por Cielo, Nicolas Oliveira, Guilherme Roth e Fernando Silva, vai confiante para a final desta tarde, de 13h às 15h30 de Brasília (18 às 20h30 em Roma), em que pegará um clima mais ameno do que o calor enfrentado na capital italiana.

“Ser aquele que fecha o reveza traz muita responsabilidade, mas ao mesmo tempo todos querem faze-lo pois dá pra comemorar na piscina se tudo der certo”, brincou Fernando. Já Roth estava radiante com o desempenho do quarteto.

“Deu tudo certo, com as trocas bem encaixadas. Nosso treinamento em Portugal valeu a pena e agora somos o time a ser batido na final. Vamos sair na raia 4, com moral, pois a performance de agora superou as expectativas” concluiu o nadador gaúcho.

A final será difícil, pois a França, 2ª colocada, com 3m11s38, poupou dois de seus astros, Frederick Bousquet e Alain Bernard. Os outros finalistas são a Grã-Bretanha, 3ª (3m11s62); os EUA, 4º (3m11s64); a Itália, 5ª (3m11s76); a África do Sul, 6ª (3m12s08); a Austrália, 7ª (3m12s58); e a Rússia (3m12s78).

Ainda abaixo dos 3 minutos e 13 segundos veio o Canadá, em nono, com 3m12s96. Dos sete adversários do Brasil na final, três também estavam na 5ª e última série eliminatória com os brasileiros: África do Sul, Itália e Estados Unidos. Foi a primeira vez que o 4x100m livre brasileiro venceu os americanos em piscina longa numa competição internacional que não fosse os Jogos Pan-Americanos, em que eles costumam enviar time B.

O recorde continental de Cielo nos 100m livre fora obtido no último Troféu Maria Lenk, em maio passado, com 47s60, melhorado agora em 21 centésimos. Já o tempo do 4x100m livre anterior era do time do Pinheiros na mesma competição, com 3m14s45, numa equipe que contava com três dos novos recordistas (Cielo, Nicolas e Fernando). No lugar de Roth estava Nicholas Santos.

Nicholas Santos bateu o recorde sul-americano dos 50m borboleta, com 23s23, que antes da competição pertencia a César Cielo, 23s42, também do Maria Lenk 2009. Na verdade, Nicholas igualou o recorde continental ao nadar na 20ª série eliminatória, pois duas séries antes, o venezuelano Albert Subirats batera o recorde de Cielo, com 23s23.
Agora, Subirats e Nicholas dividem a marca e lutam na semifinal para saber quem é o mais rápido da prova na América do Sul. Ambos ficaram na 8ª posição, num empate triplo com o australiano Matthew Targett. Já Kaio Márcio terminou na 20ª posição, 23s60. O recordista mundial, o espanhol Rafael Muñoz, dividiu a primeira colocação com o sul-africano Roland Schoeman, com 22s90.

O outro recorde da natação brasileira hoje (domingo) veio com a pernambucana Joanna Maranhão nos 200m medley. Ela melhorou seu recorde brasileiro e sul-americano de 2m14s13 (também do Troféu Maria Lenk deste ano) para 2m12s18, o que lhe valeu o 12º tempo e a vaga na semi.

Nos 100m peito masculino, Henrique Barbosa se classificou em sexto, 59s49, enquanto João Gomes Júnior ficou de fora da semifinal ao fazer o 30º tempo, 1m00s88. Nos 100m borboleta feminino, Daynara Paula e Gabriella Silva garantiram vaga na semifinal, com o 14º (58s26) e o 16º (58s35) tempos, respectivamente. Por fim, a argentina Cecília Biagioli superou o recorde sul-americano dos 400m livre – prova que não contou com brasileiras a exemplo da versão masculina – com 4m10s16, 12º lugar. O tempo anterior era da chilena Kristel Kobrich, 4m11s81, em nova  marca obtida no Maria Lenk 2009, quando ela defendeu o Corinthians.

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