Por Daniel Balsa
Especialistas afirmam que o chocolate é um alimento que pode fazer parte de sua dieta diária. A guloseima ainda ajuda a repor energia após sua pedalada, além conter substâncias favoráveis à contração muscular e fixação do cálcio nos ossos, como, no caso, é o magnésio.
A nutricionista Letícia Azen, uma das autoras do livro “Estratégias de Nutrição e Suplementação do Esporte”, afirma que o chocolate pode ser um item fundamental na alimentação dos ciclistas. “Especialmente em fase de preparação pré-competição, na qual, freqüentemente, há um aumento no volume e intensidade dos treinos, já que o alimento é capaz de repor uma grande quantia de energia”, disse.
“Para a recuperação pós-treino, o chocolate pode auxiliar na retomada de sensações prazerosas, já que este alimento está relacionado a uma maior liberação de serotonina, um estimulante”, completou
O chocolate, para especialistas, é um alimento funcional e que traz benefícios, tanto para ciclistas profissionais quanto para os praticantes. Pelo fato do cacau – matéria prima do chocolate – conter flavonóides em sua fórmula, ele ajuda a neutralizar os Radicais Livres de Oxigênio (RLO), que é produzido durante o exercício físico de alta intensidade e longa duração.
“Se produzidos em excesso, os RLO podem iniciar um processo deletério nas células e nos tecidos, chamado estresse oxidativo, ocasionando diversas doenças”, disse a nutricionista Juliana Malvestio, que já integrou o departamento de nutrição da Garoto e do Corinthians.
“Além disso, o chocolate é uma excelente fonte de magnésio, nutriente essencial para a contração muscular e fixação do cálcio nos ossos. A teobromina – um estimulante, embora de fraca capacidade – também está presente neste alimento”, completou.
Recomendações
O chocolate não traz apenas benefícios. Pelo fato de ser um repositor energético, é um alimento densamente calórico e deve ser evitado pelas pessoas que pedalam para perder peso.
Seja qual for sua meta de treinamento, o alimento deve ser ingerido de forma moderada, já que nele é contido gordura trans ou saturada. “Elevadas concentrações destas substâncias podem contribuir, a longo prazo, para o entupimento arterial, o que pode desencadear problemas cardiovasculares. Sem contar que não é bom comer chocolate muito próximo do início da atividade física, tendo em vista que o nosso organismo leva um tempo maior para digerir gorduras em comparação, por exemplo, aos carboidratos”, falou Letícia.
Outra recomendação da nutricionista foi a preferência aos chocolates que contém mais cacau em sua fabricação em decorrência do número de flavonóides, além de sugerir a ingestão do alimento em lanches, “não necessariamente vinculados ao horário dos treinos e competições”.
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