Tem sido comum ouvir dúvidas de alguns esportistas sobre as vantagens e desvantagens de trocar a combinação de whey protein com carboidrato de rápida absorção, comum em práticas de reposição pós-treino (recovery), por alguns produtos prontos vendidos no supermercado, como o Sustagen. Muitos enxergam diferença apenas no preço dos produtos, por isso resolvi fazer uma breve análise sobre o caso.
O Sustagen diluído com leite tem a proporção de praticamente três partes de carboidratos para cada proteína, nada mal quanto ao conceito de proporcionalidade de macronutrientes no recovery.
Mas obviamente, o cálculo pra dosar o produto deve seguir alguns conceitos, e eu costumo usar o cálculo de 0,7 a 1,5 de carboidrato por kg/peso corporal no pós-esforço. Quanto à proteína, faço a relação entre carboidrato e proteína de 3:1 ou 4:1, dependendo do esforço, intensidade e momento do treinamento.
Tenho acompanhado alguns trabalhos mostrando o potencial de recovery do leite de vaca, que é o primeiro ingrediente em quantidade do produto em questão. Ele também contém sacarose, que é sua fonte primordial de carboidratos, o famoso “açúcar de mesa”, e cacau em pó, que ajuda na liberação de oxido nítrico corporal, melhorando a perfusão sanguínea. Além disso, apresenta um enriquecimento de vitaminas e alguns minerais em quantidades aceitas pela legislação como sendo seguras à suplementação. Vale ressaltar que o leite de vaca é um alimento com grande potencial alergênico, não apenas por sua proteína em si, mas pela presença de lactose, e pode contribuir, por exemplo, na formação de muco, podendo ser ruim pra quem sofre de rinite, sinusite, asma, bronquite, e pode aumentar a fermentação (gases) por conter lactose.
Portanto, não acredito que usar Sustagen no recovery pode ser uma prática vantajosa a todos, mas pode ser algo realmente mais barato quando comparado ao uso da combinação whey protein com carboidrato (maltodextrina/dextrose/waxy maise), e possivelmente eficaz na recuperação de pessoas que não sofram com intolerâncias a lactose e/ou alergias a proteína do leite de vaca.
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*Nutricionista paulistana formada em 2001 e pós-graduanda em Nutrição Ortomolecular, Priscila Di Ciero é especialista em nutrição esportiva, com cursos de extensão em nutrição funcional, estética e suplementação. É membro do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira. Atualmente, presta consultoria a restaurantes, escolas e empresas, além de atender em consultório e, quando necessário, nas residências dos clientes. Acesse o site: www.prisciladiciero.com.br
(Matéria publicada no site o2porminuto, julho de 2012)
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