Aos 14 anos, vivendo em São Bernardo do Campo/SP e recém-chegado do Paraná, onde nasci, já sentia a necessidade de praticar um esporte e a natação foi minha primeira opção. Como na cidade não havia piscinas públicas e, além disso, o trabalho e os estudos não me deixavam tempo livre, comecei a “nadar” em livros do tipo: Como nadar em 15 lições, bastante populares na época.
Finalmente, 26 anos depois, já com família constituída, foi construída a piscina na Associação dos Funcionários Públicos Municipais, clube no qual eu era sócio e que pouco freqüentava, e nela comecei a dar as primeiras braçadas…a partir de então, não saí mais do Clube!
Como tinha dificuldade de respirar e não queria perder tempo de aula para desenvolver essa técnica, eu enchia a pia de casa e mergulhava e tirava o rosto para não inspirar a água que ficava na pele e que teimava em entrar pelas narinas…foi “vapt e vupt”…técnica dominada!
Em pouco tempo já percorria os “longínquos e intermináveis” 25m da piscina, mas com a maior dificuldade…já do outro lado, ao olhar toooodos os 25m da volta, parecia impossível voltar “tudo” aquilo; felizmente, com minha dedicação e orientação dos competentes professores, completar os 100m, depois os 1.000m, bastaram apenas alguns meses de treino!
Na piscina externa ficavam os membros da equipe de natação, sob o comando do Profº Ziguinho, e passar no “teste do quilometro” foi fácil; daí para as provas de águas abertas foi só questão de muita vontade pessoal para suportar e superar os incômodos das provas realizadas em dias frios, as correntezas, marés, marolas e ondas e ventos fortes.
Sem contar as viagens “bate-e-volta” que cada prova exigia, pois geralmente elas eram realizadas em represas, lagos, rios e mares do Estado de São Paulo e tínhamos que levantar às 2 horas da manhã, encontrarmos a equipe às 4h e viajar ao destino das provas que “deveriam” começar às 8h da manhã, mas muitas vezes (quase sempre) só começavam depois das 10h…
Nas provas tínhamos que esperar a chegada de todos os nadadores e a premiação de todas as categorias; muitas vezes a tarde chegava e nós ainda lá estávamos aguardando o final de mais uma competição.
Quando o local da prova era muito distante, as Prefeituras das cidades-sede nos cediam as escolas locais para dormir e nas salas de aula empilhávamos as carteiras, estendíamos nossos colchonetes e nos refestelávamos com a deliciosa comida caseira preparada pelas merendeiras do Estado.
O lado ainda melhor de tudo isso, além do treinamento e da prova em si, era viajar com a garotada sempre festiva e alegre, conhecer novas cidades, geralmente pequenas, tranqüilas, com gente muito simpática e acolhedora; duro era voltar, tarde da noite, cansado e faminto, pois quem nada sabe muito bem a fome que esse esporte dá…e como cansa!
Essa fase de águas abertas durou uns cinco anos e culminou com a minha maior prova de natação: 70 km no Rio Paraná (rio abaixo, felizmente!), entre as cidades de Castilho e Panorama, em 1991 quando eu já começava a participar dos meus primeiros triathlons…mas isso fica para o próximo mês quando contarei sobre a sensação de nadar por mais de 10 horas seguidas num rio límpido e maravilhoso…
Não percam o próximo episódio!
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