O triathlon – especialmente por conta da visibilidade de provas de resistência como o Ironman – é costumeiramente associado à juventude e ao excelente preparo físico. O bom preparo físico continua sendo a cara da modalidade, mas a juventude cada vez menos é pré-requisito para a prática combinada de natação, corrida e ciclismo. E os mais velhos sabem disso.

De acordo com matéria publicada no jornal americano The New York Times, a prática do triathlon no país é cada vez mais comum entre idosos.

Segundo dados da USA Triathlon, confederação que rege o esporte no país, o número de praticantes da terceira idade quase triplicou nos últimos 10 anos. De 2005 a 2014, o montante de filiados saltou de 8,278 para 27,069, aumento de cerca de 230 %.

A maior parte deles está na casa de 60 anos e são praticantes do triathlon de curta distância: 750 metros de natação, 20 quilômetros de bicicleta e cinco de corrida. A maioria deles chega ao esporte motivada pela busca de uma saúde melhor.

“Quando você está prestes a completar cinquenta anos, você percebe que precisa cuidar do corpo”, afirma Catherine S. Wilson, 61 anos, que já havia se aventurado no ciclismo e nas corridas e descobriu o Triathlon depois de uma pesquisa na internet 11 anos atrás.

Na época, Catherine era um ponto fora da curva: “Era sempre a mais velha”. Hoje, ela conta com companheiras da mesma geração nas competições e segue competitiva com a ajuda de uma treinadora, Julie Billingsley, 56 anos.

Perguntada pelo jornal sobre o crescimento da modalidade entre os mais velhos, Billingsley explica associa o sucesso dos mais velhos à mentalidade perseverante que impera naquela geração: “Eles simplesmente não desistem”.