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Por Dra. Priscila Gasparini Fernandes*
Diversas pessoas ainda não enxergam a comida como aliada para o seu bem-estar. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo sejam afetadas por algum transtorno, incluindo anorexia, bulimia, compulsão alimentar, entre outros. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 4,7% da população brasileira sofre de compulsão alimentar, quase o dobro da mundial, que registra 2,6%.
Esse distúrbio pode causar grandes impactos na saúde do indivíduo como obesidade, diabetes, problemas digestivos e psicológicos, baixa autoestima, entre outros. Após esses episódios, o sujeito fica se sentindo culpado e triste. Outro ponto importante que vicia é a questão da serotonina, conhecida como um dos hormônios da felicidade. Conforme o paciente come mais do que deveria, ocorre uma pequena liberação desse neurotransmissor, que proporciona uma sensação de prazer, por isso, a pessoa vive esse ciclo de compulsão.
E os desafios para esses indivíduos são diários. Estamos chegando no período da Páscoa, festividade religiosa, mas que também é reconhecida pelos presentes de ovos de chocolates. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que o comércio brasileiro espera um faturamento total de R$ 3,44 bilhões em vendas relacionadas ao feriado. Isso representa um crescimento de 4,5% na comparação com o ano passado, já descontada a inflação. A pesquisa abrange itens característicos como chocolate, bacalhau e vinhos. Com essas tentações, para muitas pessoas, esse momento pode ser um pesadelo e trazer uma série de obstáculos. Por isso, é importante adotar estratégias para lidar com eles com antecedência.
Vale ressaltar que superar a compulsão alimentar é um trabalho contínuo e um processo desafiador. Com dedicação, autoconhecimento e o apoio adequado, é possível desenvolver uma relação mais saudável e equilibrada com a comida. Outras estratégias, como exercícios regulares, sono adequado, técnicas de relaxamento e principalmente terapia, são importantes para controlar os sintomas. Se você está lutando contra esse distúrbio, procure a orientação de um profissional de saúde qualificado.
*Priscila Gasparini Fernandes é psicanalista com especialização em neuropsicologia e neuropsicanálise.
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