Brasil Wild Extreme

Atualizado em 15 de junho de 2009
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Por Alice Riff, do Jalapão

A Brasil Wild Extreme, corrida de aventura que teve como cenário a microrregião do Jalapão, no Tocantins, recebeu, entre os dias 8 e 13 de junho, 33 quartetos e 11 duplas que disputaram os 476 km de expedição em uma das poucas áreas do país que se mantêm intocadas pelo homem.

Por ser uma região inóspita, a navegação prometia ser complicada. “A dificuldade na orientação é grande, principalmente em alguns trechos de trekking. As equipes passarão por locais que são trilhas de animais, e não de pessoas”, comentou Julio Peroni, organizador da prova, antes da largada.

A mudança de temperatura foi um dos fatores que castigou os atletas: durante o dia calor que passava dos 40ºC – à noite queda brusca, com os termômetros marcando 8ºC.

Os quase 500 km de percurso foram divididos entre trekking (133 km), bike (229 km), canoagem (69 km), rafting (39km), flutuação (6 km), além das técnicas verticais, com uma ascensão de 40 metros e dois rapeis de 20 e 40 metros.

Um dos atrativos da prova foi o rafting no Rio Novo, que além de ter uma das águas mais potáveis do mundo, é considerado um dos mais bonitos do Brasil. “A segunda metade do rafting chega a ter corredeiras fortes, então optamos pelo dark zone para que os atletas não pegassem esse trecho complicado de noite”, explicou José Pupo, ex-atleta e responsável pelo rafting da Brasil Wild Extreme.

Dark Zone
O dark zone foi uma parada obrigatória em que os atletas tiveram que passar a noite de segunda-feira, o que não é muito comum em corridas de aventura. A equipe campeã, QuasarLontra, aproveitou dessa pausa logo no primeiro dia para ganhar vantagem em relação às outras equipes.

“Puxamos muito, mas muito mesmo, já que sabíamos que teríamos a noite inteira para descansar. E a partir de agora, não paramos mais”, falou Tessa Roorda, da equipe QuasarLontra, minutos antes da relargada.

Liderança disputada
As equipes Canoar/ Núcleo Aventura/ Brasília Multisport e QuasarLontra brigaram durante toda a prova pelo primeiro lugar, que só foi decidido no último trecho de bike.

Rafael Campos, Erasmo Cardoso, Tessa Rooda e Tiago Bonini, integrantes da Quasar, chegaram com um pôr-do-sol cinematográfico, na Praia da Graciosa, em Palmas, depois de 81 horas de prova.

“Perdemos a liderança na segunda noite e não sabíamos mais se conseguiríamos vencer. Passamos o resto da prova correndo atrás desse tempo que perdemos. A união e a experiência da equipe contribuíram para a vitória”, contou emocionado Rafael Campos, navegador da equipe.

A Canoar, que ficou em segundo lugar, chegou contente com o resultado. “Somos todos amigos, nos divertimos muito nesses dias.”, disse Camila Nicolau. “Fora que esse lugar é lindo, passamos por lugares maravilhosos”.

Brasil Wild Extreme – Jalapão
Largada: 8 de junho de 2009
Horário: 8h
Distância: 476 km
Clima: Sol

Pódio Quartetos:
QuasarLontra – 81h11min
Canoar Núcleo Aventura / Brasilia Multisport – 82h31min
Trotamundo – Fórmula BH – 91h05min

Pódio Duplas:
Arco e Flecha – 99h55min
Advogado Aventureiro Mista – 109h52min
The Hunters – 136h29min