Colette Besson: de desconhecida à campeã olímpica

Atualizado em 10 de abril de 2023

Neste dia 7 de abril, há exatos 77 anos atrás, nascia em Saint-Georges-de-Didonne (FRA) a corredora Colette Besson. Professora de educação física, ela corria de forma apenas amadora e nunca esteve muito preocupada com resultados, recordes e afins. Apesar do aparente desinteresse pela corrida profissional, Colette acabou se qualificando para disputar os 400m rasos pela França nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México (MEX), um fato que surpreendeu os especialistas da época – inclusive os franceses.

A favorita para vencer a prova era Lillian Board, britânica nascida na África do Sul e já com uma reputação consolidada no meio. Porém, o mundo seria assombrado pela desconhecida francesa.

Na prova, Board começou com um ritmo forte e liderava a disputa bem à frente das demais competidoras. Até que, após 300 metros percorridos, Besson começou uma arrancada espetacular e ultrapassou todas as atletas, inclusive Lillian, para ganhar a medalha de ouro com uma vantagem de 0,1s sobre a britânica. A vitória foi tão chocante que o presidente francês à época, Charles de Gaulle, chorou de emoção com o ocorrido.

Após o pódio olímpico na Cidade do México, Colette – desta vez já conhecida mundialmente – ainda somou dois resultados de prestígio: no Campeonato Europeu de Atletismo de 1969 ela terminou a prova dos 400m ao mesmo tempo que a também francesa Nicole Duclos, que só ganhou a prova após o exame fotográfico da chegada. Na prova por equipes, Besson viu o ouro escapar novamente pelo photoshooting ao cruzar a linha de chegada ao mesmo tempo em que Lillian Board, que fechava o revezamento pela equipe britânica.

Depois do Europeu de Atletismo, Colette Besson não conseguiu mais nenhum resultado de expressão. Ela participou dos Jogos de Munique, em 1972, mas parou na fase classificatória e decidiu encerrar a carreira no atletismo em 1977, voltando a lecionar educação física. Morreu em 2005, de câncer, aos 59 anos de idade.