Como deixar sua corrida ainda mais rápida?

Atualizado em 15 de setembro de 2011
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Aumento da velocidade pela Resistência Aeróbia e Anaeróbia

Quando se fala em Corrida, pensamos primeiramente em resistência e Velocidade. Não há quem não deseje melhorar estas duas condições. Mesmo as pessoas que timidamente iniciem os treinos, pensam em melhorar para não ficar para trás.

Esta insegurança é o mesmo motivo de se ter medo de algo e, neste caso, medo de chegar atrás de todos os outros corredores ou, simplesmente, pelo gosto de ser diferente. Por que temos tantas inseguranças? Será que esta insegurança nos leva a erros na hora de decidirmos se treinamos de um ou de outro jeito? Vejamos por partes.

Treinos Aeróbios nos dão a segurança de correr e promovem o aumento da resistência dos tecidos musculares e ósseos, além da oxigenação celular, imprescindíveis para manter em movimento contínuo. Um corredor se mantém em movimento e propicia ao seu organismo, a resistência maior do que havia alguns meses antes de ter iniciado os treinos.

Necessária como primeiro passo para o condicionamento especifico de corrida, a resistência aeróbia nos permite correr mais rápido, sem ao menos termos realizado um treino sequer mais rápido ou de força especifica, porém, se realizarmos muito mais rápido do que podemos, segundo as avaliações iniciais de seu médico e seu professor de educação física, poderemos ter algumas surpresas desagradáveis, como as costumeiras lesões atribuídas à corrida longa.

Aumentar a resistência dos tecidos é como subir uma longa escada, onde alcançaremos os próximos degraus somente se utilizarmos os primeiros, para depois os próximos. A insistência em aumento de velocidade (ultrapassar os primeiros, sem tê-los tocado), já nos primeiros passos, pode lesar tecidos, ditos muito resistentes, e que as pessoas nunca pensaram existir em seus corpos (Iliopsoas, Gastrocnêmio, Tibiais Anteriores, Cruzados Anteriores e laterais e demais músculos dos membros inferiores).

Há uma lei que trata do treinamento Esportivo. Mas, a lei da especificidade do treinamento esportivo, diz o seguinte: ao se treinar aerobicamente, obtém-se resistência aeróbia como produto final desta investida. Como é possível alcançar velocidade a partir de treinamentos mais lentos?

O Treinamento a partir do início

Certamente estou falando de pessoas comuns e não atletas de altos rendimentos. E para tais pessoas, os treinos aeróbios promoverão maiores e imediatos benefícios para o sistema aeróbio em seu organismo, além de desenvolver os músculos, desacostumados da prática do exercício de longa duração, e que, por consequência, deixaram de produzir resistência e resistência de força nos músculos responsáveis pelo movimento da corrida.

Se atentarmos para dois fatores importantes como a Velocidade Inicial e a Frequência Cardíaca por minuto, teremos maiores êxitos e alcançaremos, em pouco tempo, uma velocidade maior e a frequência cardíaca menor pelo esforço maior.

Mágico, não é? Pois esta “mágica” é atribuída à melhoria no transporte de oxigênio e nutrientes pelo sangue, melhora na absorção destes pelas células do nosso corpo, o aumento de contração e descontração das fibras musculares, enquanto melhora-se a coordenação motora pelos ganhos e confiança nos movimentos novos, agora aprendidos e incorporados ao repertório motor no nosso cérebro.

Tais benefícios, quando corremos, desenvolvem maior recuperação metabólica perante os esforços, pela diminuição da ação do ácido lático no músculo que torna a corrida mais prazerosa e veloz. Quando me refiro a veloz, aqui, neste assunto que ainda trata da velocidade baixa, estou me referindo a velocidades partidas de 9, 8, 7, 6 minutos por quilômetro, para velocidades mais altas, nas quais não é necessário realizar grandes esforços para melhorá-las.

Sequência Veloz – O Segundo Degrau

Considerando a primeira velocidade como a iniciação, e a sua utilização nos próximos treinos quando se tratar de treinos leves e ou nos períodos de base, analisemos como sendo a Primeira Velocidade: Se por si só o treino de resistência aeróbia é eficiente, por outro lado, a manutenção ou melhora desta velocidade dependerá agora de maior investimento nas velocidades mais altas.

Como fazer isso, principalmente pelos corredores que estão iniciando neste momento ou obtiveram melhorias da velocidade nos últimos 12 meses? Muito bem, para melhorar ainda mais, construiremos uma lógica de treinos para se alcançar a tão sonhada velocidade.

As frequências cardíacas atribuídas a sua avaliação ergoespirométrica deverão ser respeitadas para que seus trabalhos não venham por água abaixo, então, melhor tê-las em mente:

Segunda Velocidade: Velocidade de Resistência que servirá para aumentar a oxigenação ainda mais, e difere da inicial, em que você realiza grandes distâncias ou tempo, em baixa frequência cardíaca. Agora deverá aumentar a velocidade, automaticamente, diminuindo o tempo e provocando o aumento da frequência cardíaca.

Esta frequência cardíaca deverá manter-se em patamar inalterado, até o final do seu treino, que não deverá passar de 50% da sua quilometragem leve. Poderá durar uma temporada semestral ou anual, até que refaça seus testes médicos.

Terceira Velocidade: Velocidade alta é aquela obtida pelos treinos curtos e sustentados até o final. Os intervalos deste trabalho deverão proporcionar a recuperação total do corredor e o tiro em si, nunca até o ponto de exaustão total do praticante. Sua utilização poderá coincidir com o segundo e o terceiro estágio de treinamento.

Quarta Velocidade: Velocidade gradativa é a utilizada para adaptar o corredor a velocidades mais altas, sem exauri-lo ou para que não se corra o risco de cair em tal armadilha. Este tipo de trabalho deve ser colocado em prática, ainda no segundo estágio de treinos, ou seja, logo após o corredor ter se adaptado para corridas de longas distâncias e ainda não ter ingressado em corridas mais rápidas.

A Corrida melhorará conforme o seu investimento nas corridas, de forma gradual e deverá contar com o equilíbrio de forças, segundo a sua qualidade de vida e a paciência de se manter treinando por longos meses.

Para Pensar

Quando treina, você sente
Que foi fácil
Foi Difícil

Quando compete você sente que
Foi Fácil
Foi Difícil

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Boas Velocidades de Corrida!

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