Comprovado cientificamente: 7 benefícios da corrida

Atualizado em 05 de dezembro de 2023

Correr pode ser uma das atividades mais simples que existem. Afinal, basta calçar um tênis, vestir uma roupa confortável e colocar as pernas para jogo pelas ruas ou parques perto de casa. Porém, a corrida vai muito além disso e pode oferecer uma série de benefícios notáveis para a saúde física e mental de quem a pratica.

Cada vez mais pesquisas científicas apontam que a prática regular de exercícios físicos é capaz de prevenir e combater diferentes doenças, além de desencadear uma melhora geral do organismo. E a corrida, em particular, vem sendo considerada como uma das melhores modalidades para turbinar a qualidade de vida.

Pensando nisso, separamos algumas vantagens promovidas pela corrida que já foram comprovadas pela ciência e que vão te incentivar a começar (ou continuar) a correr. Confira:

Aumenta a expectativa de vida

Um estudo publicado em 2014 no Journal of the American College of Cardiology indicou que mesmo quem corre apenas de 5 a 10 minutos por dia em baixa intensidade pode ter a chance de viver mais — comparado com aqueles que não correm nada. E a pesquisa ainda descobriu que quanto mais a pessoa correr (tanto em distância quanto em tempo), maior será sua expectativa de vida.

O levantamento avaliou mais de 55 mil homens e mulheres, com idades entre 18 e 100 anos, sendo que apenas um quarto deles eram corredores ativos. Durante 15 anos, aqueles que corriam 50 minutos por semana ou menos em intensidade moderada tiveram menos chance de morrer por doenças cardiovasculares em comparação com aqueles que não corriam.

Ajuda na perda e na manutenção do peso

Um dos benefícios mais conhecidos da corrida tem relação direta com o emagrecimento. Isso porque a modalidade demanda muito esforço dos músculos, gerando um gasto calórico alto. Além disso, por ser essencialmente um exercício aeróbico, ela também desencadeia uma série de reações no organismo que favorecem a queima de calorias.

Além disso, as corridas de alta intensidade ainda têm uma vantagem bônus na perda de peso: alguns estudos já identificaram que a prática promove o chamado efeito EPOC (sigla em inglês que significa Consumo Excessivo de Oxigênio Pós-exercício). Em resumo, quer dizer que o corpo continua a queimar calorias mesmo após o fim do exercício.

Reduz o risco de doenças crônicas

Já é consenso entre os especialistas da área da saúde que o sedentarismo é uma das principais causas de doenças crônicas no mundo. No outro sentido dessa equação, a prática regular de exercícios físicos se mostrou eficaz no combate e prevenção de diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade, doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer.

Diversos estudos realizados pela Associação Americana de Diabetes já mostraram que corredores regulares apresentam risco menor de desenvolver diabetes tipo 2. Uma das pesquisas descobriu que homens com idades entre 35 e 75 anos chegam a ter 95% menos chance de ter a doença.

Segundo os cientistas, esse benefício preventivo pode estar relacionado com a redução da gordura corporal e regulação do metabolismo promovidos pelo exercício — o que também tem impacto direto na redução dos níveis de colesterol ruim (LDL). É um supercombo para a saúde do coração!

Fortalece os músculos, ossos e articulações

O treino de corrida favorece o desenvolvimento das musculaturas envolvidas

Uma crença comum entre os atletas sugere que a corrida faz mal para os joelhos e outras partes do corpo. Porém, uma análise de 28 estudos sobre o assunto derrubou esse mito e indicou uma forte evidência de que o exercício, na verdade, pode fortalecer os tecidos e cartilagens do joelho e até protegê-los do desgaste.

Outras pesquisas sugerem que a corrida ainda é capaz de aumentar a densidade óssea, protegendo os atletas de problemas como osteoporose e artrite. De acordo com as descobertas, esse efeito pode ser maior se as pessoas começarem a correr na juventude, especialmente na adolescência. 

Melhora a qualidade do sono

Cientistas vêm estudando os inúmeros impactos positivos que a corrida pode ter sobre o sono. As análises mais recentes já indicam que o grande gasto de energia que acontece durante o exercício estimula o processo restaurador do sono. Além disso, correr pode acelerar o tempo que demoramos para adormecer.

Entre outros achados, a corrida ainda pode ajudar a aumentar as horas dormidas e a qualidade do sono. Tudo isso ainda tem relação com o poder de relaxamento que a prática provoca no corpo quando ela termina. E a resposta para isso, em parte, está na liberação de endorfina e serotonina (hormônios responsáveis pelo bem-estar) que acontece durante a realização dos exercícios. 

Estimula a felicidade e combate depressão, ansiedade e estresse

Da mesma forma que impacta a qualidade do sono, fazer exercícios regularmente também pode melhorar o humor e reduzir sintomas depressivos. Isso porque a prática promove mudanças substanciais em algumas partes do cérebro que regulam o estresse e a ansiedade.

E o treino nem precisa ser intenso para oferecer esse benefício: um estudo publicado na revista Medicine & Science in Sports & Exercise indicou que uma simples caminhada de 30 minutos na esteira já pode melhorar instantaneamente o humor de uma pessoa que esteja com um quadro de depressão.

As atividades físicas em geral ainda aumentam a produção de endorfinas no corpo, que são hormônios conhecidos por proporcionar sensações positivas e reduzir a percepção de dor.  Para completar, um estudo de 2018 publicado no Journal of Neurobiology of Learning and Memory indicou que a corrida ainda tem efeitos positivos na concentração e na memória.

Eleva a disposição física e dá mais energia

Muitas pessoas se sentem “energizadas” ao correr. Isso também está relacionado à liberação de endorfina que acontece durante a prática do exercício. Naturalmente, com o hormônio em alta no organismo, os praticantes podem se sentir mais motivados a continuar correndo. Mas não é só isso.

Diversos estudos indicam que a prática regular de corrida fortalece a saúde cardiovascular. Consequentemente, o coração ganha uma capacidade maior de bombear o sangue para o corpo, aumentando a oxigenação das células e tornando os músculos mais eficientes.

Desta forma, o corpo vai demandando menos “trabalho” dos pulmões, o que poupa a carga de energia necessária para todas as funções do organismo. Com mais energia “sobrando”, o praticante se sente mais disposto durante e após o treino. Isso melhora até mesmo a percepção do cansaço físico, reduzindo os efeitos da fadiga.