Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Por Mariana Romão
É quase um consenso entre as mulheres que usar salto alto valoriza as pernas. Visualmente é bonito e faz efeito: os homens gostam. Mas, o que é invisível é a série de problemas à saúde da musculatura e das articulações da mulher. O correto, o ideal, alertam os ortopedistas, seria nem usar esse tipo de calçado.
“Mas o trabalho e algumas ocasiões exigem”, retrucam as mulheres. Para não jogar fora o salto alto, o tênis pode ajudar. É que os efeitos da corrida aliviam e combatem os prejuízos na saúde das mulheres que precisam viver nas alturas.
E não precisa ser muita altura não. Se a mulher se submete constantemente a saltos acima de três centímetros, vai provocar o encurtamento do tendão de Aquiles –ligamento que reveste o calcanhar – e da musculatura isquiotibial –que vai da coluna lombar ao pé –, aparecimento de joanetes e dedos em garras e maior incidência de entorses no tornozelo.
Segundo a ortopedista especialista em pé e tornozelo Cibele Réssio, mestre em ortopedia e traumatologia pela Unifesp, quem pratica atividades físicas de impacto constantemente tem tendões, ligamentos e ossos muito mais resistentes a eventuais lesões. Isso porque exercícios dessa natureza, como a corrida:
• induzem a produção de massa óssea;
• aumentam a resistência do arcabouço do esqueleto;
• aumenta a vascularização nos tendões e no periósteo (membrana que recobre o osso),
• alimentam e oxigenam esses órgãos
Além disso, uma corredora que cuida da preparação física e mantém uma rotina de alongamentos tem vantagem sobre as sedentárias, já que alongamento é o tipo de exercício mais indicado pelos ortopedistas para evitar crises de dor e relaxar a musculatura. “Em especial no músculo posterior da coxa e nos músculos isquiotibiais da perna e do pé”, ensina Cibele.
Em 1999, ela defendeu sua tese de mestrado, sobre os efeitos do salto alto no corpo feminino. Com um aparelho chamado baropodômetro F-Scan, um computador que mede a pressão na ponta dos pés, a médica analisou 400 passos de 10 mulheres. Cada uma delas foi avaliada descalça e com saltos de 3 cm, 6 cm e 9,6 cm. O objetivo era descobrir quais as alterações que o salto causa na marcha da mulher. A conclusão? “Todos os saltos são maléficos. Acima dos 3 cm trazem os mesmos problemas que os de 9 ou 10 cm.”
Ari Zekcer, ortopedista, cirurgião de joelho e médico do esporte pela Unifesp, também alerta para os problemas que o uso constante de salto pode trazer aos joelhos. “O calcanhar, elevado pelo salto, automaticamente faz com que a mulher ande com os joelhos mais dobrados. Essa mudança traz uma sobrecarga na região logo abaixo da patela, o que pode causar uma rachadura na cartilagem, chamada condromalácia, ou até mesmo tendinite patelar, uma inflamação dos tendões dessa região.”
O ortopedista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, Ricardo Munir Nahas, ensina a escolher o tipo de salto:
“Quando os sapatos são mais baixos na frente e altos atrás, esse desnível não deve passar dos dois ou três centímetros. Se mulher usa salto diariamente, deve preferir os chamados anabela.” E a ortopedista Cibele completa. “Até mesmo as plataformas, que distribuem melhor a pressão na planta do pé, devem ser aquelas que o deixam paralelo ao solo.”
Outro conselho de Nahas é que a mulher use o salto apenas nos dias em que passará mais tempo sentada. “As americanas tem como costume trocar de sapato durante o dia. Levam consigo um par para trocar quando a ocasião é mais formal, mas não passam o dia inteiro de salto. Aqui deveria funcionar assim também”, alerta.
Por motivos profissionais, Juliana Guerra, 33, não pode seguir as recomendações dos especialistas. Ela é administradora de empresas, há dez anos, e precisa passar no mínimo oito horas diárias, de segunda a sexta, sobre o salto. “Na primeira empresa em que trabalhei, esse tipo de sapato era obrigatório”, conta. “E sempre que eu não estava de salto sentia dores, um repuxo.” A saída, então, foi praticar exercícios. “Há dois anos e meio eu comecei a correr. As dores foram diminuindo e hoje meu corpo responde bem melhor aos problemas que o salto traz”, comenta.
Agulha matador
Com mais de 3 cm, o salto pode causar:
• Dores
• Encurtamento do tendão de Aquiles
• Encurtamento da musculatura do pé e da perna
• Aparecimento de joanetes
• Dedos em garra, com calos
• Entorses de tornozelo
• Condromalácia (rachadura na cartilagem do joelho)
• Tendinite patelar
Tire os pés do sufoco
• compre o calçado no final da tarde ou à noite, porque os pés incham um pouco durante o dia.
• experimente sempre os dois pés do calçado, pois um pé nunca é exatamente igual ao outro.
• compre um número que deixe 1,5 cm entre o último dedo e a ponta do sapato, para movimentar os dedos durante a marcha.
• o sapato deve estar confortável já na hora da compra, não acredite que ele vai lassear.
• meça o tamanho do seu pé frequentemente. Após os 20 anos, os pés costumam aumentar de um a dois números.
• não repita o mesmo calçado todos os dias, varie o modelo, para não machucar o pé sempre no mesmo lugar. Se possível, troque duas vezes por dia.
Dicas de alongamento
Manter os exercícios por 30 segundos e repetir três vezes
1) Para toda a região posterior da perna, deitada e com uma das pernas para cima, com uma toalha ou faixa presa à ponta do pé, a mulher deve puxá-la em direção ao peito; alternar a perna;
2) Para a panturrilha, apoiar as duas mãos na parede e afastar os pés, como se fosse dar um passo longo. Semiflexionar a perna da frente, manter a de trás esticada com o calcanhar apoiado no chão e empurrar a parede.
Publicidade
Publicidade
Compartilhar Certificado
Salvar Pdf
Salvar Imagem
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie | Duration | Description |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.