Por Fernando Bittencourt

Com a ausência de Dave Zabriskie e Levi Leipheimer no contrarrelógio do Campeonato Mundial, as esperanças norte-americanas de medalha serão transferidas para Taylor Phinney e Andrew Talansky. Os dois ciclistas terão as portas abertas para tentarem substituir à altura seus conterrâneos em Copenhague, na Dinamarca.

Zabriskie, campeão norte-americano de contrarrelógio, ainda não retomou seu melhor preparo físico, desde que sofreu uma queda durante o Tour de France, no mês de julho. Leipheimer, por sua vez, resolveu antecipar as suas férias. O medalhista de bronze das Olimpíadas de Pequim achou melhor se poupar em 2011 e retornar apenas no ano seguinte.

“Estou querendo me colocar entre dez primeiros, pegar um top 5 ou talvez o pódio. Veremos se será um bom dia para nós. Ano passado eu cheguei ao Mundial como favorito ao sub-23, porém, neste ano chego à Dinamarca sem pressão, como uma jovem promessa. Vamos esperar para ver como será o percurso”, disse Phinney, que venceu o Mundial Sub-23 de 2010, enquanto Talansky obteve a 15ª posição.

Phinney está otimista quanto ao seu quinto lugar obtido na 10ª etapa da Vuelta a España, até então a maior prova de contrarrelógio já disputada pelo norte-americano – com um percurso de 47 quilômetros. Com quase a mesma distância, a prova desta quarta-feira desperta esperanças no ciclista, que crê ser possível uma chegada entre os três primeiros colocados.

“Estou feliz com a crono que fiz na Vuelta, onde conquistei a quinta colocação. Não me preparei tão bem para provas de contrarrelógio tão longas e fiquei agradavelmente surpreso com o resultado, principalmente após ter disputado por nove duros dias. Para mim, a experiência conta muito no Mundial e eu prefiro quando há uma subida durante a prova. Creio que o vento afunilará em algum trecho do trajeto, ou contrário ou a favor, mas teremos certeza apenas amanhã”, declarou.

Já Talansky disse que não sabe como será sua performance no Mundial. Ele conquistou a 16ª colocação em Salamanca, na etapa de contrarrelógio da Vuelta, e mira o top 20 em Copenhague, em um percurso que, segundo o atleta, não é o ideal para seu estilo.

“Isto me indicará o quanto meu corpo está recuperado, assim como quanto ele irá me responder após participar de uma grande volta. Me sinto muito bem e sei que estou em um nível maior de força, mas meu corpo terá que ser testado na Dinamarca”, finalizou o ciclista, que terá de enfrentar nomes favoritos ao título, como o alemão Tony Martin, o britânico Bradley Wiggins e o suíço tetracampeão mundial Fabian Cancellara.

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