Landis enrascado

Atualizado em 13 de abril de 2007
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POR CHRISTIAN BAINES

O laboratório francês Châtenay-Malabry recebeu autorização da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) para realizar a análise de todas as amostras de urina do ciclista Floyd Landis, recolhidas durante o último Tour de France. O objetivo é comprovar que a testosterona encontrada no material é mesmo de origem exógena.

Pego no exame antidoping com altos índices de testosterona após a 17ª etapa do Tour de France de 2006, na qual teve um desempenho espetacular, Landis alegou causas endógenas – e não resultado do uso de substâncias proibidas – para a anormalidade dos seus níveis de testosterona. Portanto, não poderia ser considerado doping.

O atleta, de início, acusou as injeções de cortisona que tomava para tratar de uma lesão no quadril direito. Depois, colocou a culpa em um medicamento para tireóide e, mais tarde, apontou ainda doses de uísque e de cerveja ingeridas na véspera da etapa como desculpa.

O laboratório Châtenay-Malabry já realizou exames com essas cinco amostras recolhidas durante o Tour de France. Todas apresentaram taxas normais de testosterona. Agora, no entanto, o objetivo é comprovar se a origem da substância é mesmo exógena.

Caso isso fique provado, os advogados de Landis estarão em maus lençóis para a audiência com os juízes da USADA, marcada para o dia 14 de maio. Landis, provavelmente, será suspenso por dois anos e terá seu título do Tour de France cassado.

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