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Ciclistas rejeitam testes com freios a disco no World Tour

Atualizado em 05 de dezembro de 2016

O polêmico assunto dos testes com freios a disco no World Tour voltou à tônica depois de a UCI (União Ciclística Internacional) ter anunciado em outubro, durante o Campeonato Mundial de Estrada em Doha (Catar), que eles retornarão em 2017. Colocando ainda mais combustível na polêmica, a CPA (Cycliste Professionnels Associés, ou Associação dos Ciclistas Profissionais) realizou uma pesquisa onde 40, 31% dos entrevistados afirmam não querer a volta dos testes com freios a disco no World Tour.

Participaram da pesquisa 546 ciclistas profissionais, dos quais apenas 15,71% disseram concordar com o retorno dos testes. Já os demais 43,98% disseram estar de acordo desde que a UCI adote as três concessões sugeridas pela CPA, que se referem ao arredondamento das bordas dos discos, à colocação de uma proteção nos freios e que todos os ciclistas do pelotão estejam usando freios a disco.

O uso do equipamento, que havia sido liberado pela UCI para testes no início deste ano, acabou sendo proibido por tempo indeterminado pela entidade em abril após acidente envolvendo o espanhol Francisco Ventoso (Movistar) durante a clássica Paris-Roubaix, quando o ciclista sofreu um corte na perna supostamente causado pelo freio a disco da bicicleta de outro competidor. Em outubro, no Mundial de Doha, no entanto, a entidade voltou atrás, anunciando o retorno dos testes no ano quem vem.