Acontece desde o dia 9 de junho  uma das provas amadoras de ciclismo endurance mais conhecidas e duras do cenário internacional: o Haute Route. Com treze anos de vida, o circuito se define como “eventos profissionais de ciclismo para amadores” e começou com um trajeto nos Alpes entre a Suíça e a França, se estendendo posteriormente para os Pirineus, entre a Espanha e a França. A cada dia a altimetria acumulada fica em torno de 3 a 4 mil metros de ascensão.

E o que torna a prova tão difícil quando comparada ao Tour de France é o fato de serem sete etapas seguidas, sendo três ou quatro montanhas por etapa. Em uma etapa do Tour de France, Giro d’Itália ou Vuelta a España, os atletas percorrem duas, no máximo três montanhas. No Haute Route o competidor faz tudo por sua conta e não possui um “faz tudo” para massagens, mecânica, jantar, etc. A organização oferece massagista com hora marcada, um almoço e o transporte da sua bagagem até o hotel da etapa seguinte. Durante a prova, oferecem também de três a quatro pontos de apoio com hidratação e alimentação.

Para quem tem dúvida se consegue fazer a prova (e completá-la), o treinador Igor Laguens, da Laguens RACEFIT elenca alguns aspectos:

• Tem de gostar de acordar cedo, pois as etapas começam por volta das 6h30-7h;
• É bom estar acostumado a andar dias consecutivos;
• Deve estar pronto para subir as montanhas mais famosas da Europa;
• Tem de estar pronto par abdicar um pouco dos finais de semana, para fazer treinos longos e simulados.

Como treinar para a prova?

• Procurar um professor para montar a sua periodização de treinos e aguentar até a data da prova (e ter êxito na mesma);
• Dispor de três a quatro dias da semana (1h30-2h30) e um dia do final de semana (acima de 3h e não muito mais que 5h);
• Procurar um nutricionista;
• Descansar bastante.