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O Dia Mundial Sem Carro, celebrado nesta quinta-feira, 22, já é “gente grande” no Brasil. Paradoxalmente, em lugares como São Paulo e Rio de Janeiro, onde redes cicloviárias existem, o cicloativismo já não é nem tão necessário, na opinião da jornalista e cicloativista Renata Falzoni.
Assim, é bem possível que a quantidade de pessoas engajadas nas ações que lembram a data não seja tão expressiva nesses grandes centros. Mas isso ocorre porque muitos passos foram dados no sentido da conscientização de que é possível e importante viver sem carro desde a primeira edição do evento, lançado na França, em 1997.
“O Dia Mundial Sem Carro já não faz sentido em um lugar como Berlim. A necessidade de protesto diminui, porque a sociedade alemã entendeu a importância de viver sem carro”, diz Falzoni. “Caso o próximo prefeito (ou prefeita) faça a rede cicloviária encolher, a data, em 2017, voltará a se atrelar a protestos e o engajamento deverá aumentar”, complementa.
No Brasil, um longo percurso se desenrolou desde 2003, ano em que, segundo Falzoni, apenas “um punhadinho” de ciclistas se reuniu na Praça do Ciclista, na extremidade da Avenida Paulista mais próxima da Consolação, no Dia Mundial Sem Carro. “A gente era uma ‘meia dúzia de uns três ou quatro'”.
O fim do passeio, não raro, era a sede da prefeitura. Achando que lidavam com vândalos, as autoridades municipais ordenavam que se fechassem as portas do palácio municipal, no Viaduto do Chá, recusando-se a conversar.
Falzoni lembra de um marco que foi o reconhecimento dos cicloativistas como munícipes com demandas justas e que deveriam ser ouvidas. “Em 2007, a Soninha (então vereadora) subiu na garupa de uma das bikes e entramos na Câmara Municipal para levar nossa bandeira. Abriram um portão importante para nós”.
Esse reconhecimento não significou alteração do rumo dos investimentos municipais, historicamente voltados para a construção de viário (avenidas, pontes, acessos, túneis), sempre para carros transitarem por cima do asfalto, por baixo de avenidas, sobre novas avenidas, sobre novos viadutos, pontes e tudo o mais.
“Em 2012, finalmente saiu o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que estabelece, basicamente, duas diretrizes: 1) os modais não motorizados de transporte prevalecem sobre os motorizados; 2) entre modais motorizados, os públicos prevalecem sobre os privados”, resume Falzoni.
Thyago Navajo, que é cicloativista e trabalha numa empresa de couriers que pedalam, não só enaltece a importância do Dia Mundial Sem Carro como também propõe discussões que, em seu entender, fazem mais sentido.
“Acho até legal, por exemplo, a criação do Bilhete Mobilidade (apoio financeiro para ciclistas que abram mão de utilizar transporte público, resumidamente), mas considero mais interessante que se façam campanhas governamentais para educar motoristas de carro, para que respeitem cada vez mais o ciclista e o pedestre”.
Daniel Guth, diretor do Ciclocidade, faz questão de lembrar um importante evento que transcorrerá no Dia Mundial Sem Carro, em São Paulo: o debate dos candidatos à prefeitura sobre transporte ativo no Cine Belas Artes, na Consolação, bem perto da Praça do Ciclista. “O ideal é ir até o cinema de bike ou de transporte público”. De fato, tirar o carro da garagem para comparecer ao debate seria uma gafe indesculpável.
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