Scott é impedida de disputar o Tour de San Luis

Atualizado em 02 de maio de 2016
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Por Felipe Vilasanchez

A equipe Scott/ Marcondes César/ São José dos Campos passou por maus bocados no primeiro dia do Tour de San Luis, que começou ontem e termina no dia 26. A menos de duas horas do início da prova, ela foi impedida de competir com o nome do time, tendo que virar “seleção nacional” e ainda não pôde contar com a presença dos argentinos. Assim, o time brasileiro terá a participação de Renato Seabra, Magno Prado, Pedro Nicácio e dos irmãos Maurício e Fabrício Morandi. Jorge Giacinti entrou para a Seleção Argentina A (os argentinos competem com três equipes). Já Matias Médici e Edgardo Simon ficaram de fora, pois não sobraram vagas no time argentino.

O motivo foi o não recebimento das documentações originais da Scott pela UCI. De acordo com a equipe, os documentos foram enviados, mas por algum motivo, não chegaram ao destino.

“Foi um dos maiores golpes que já sofremos desde nossa fundação. Antes de viajarmos para a Argentina, tínhamos a confirmação de que estava tudo certo. Quando cheguei ao congresso técnico, um dia antes da competição, fui notificado pelo diretor sobre essa carência da documentação e logo em seguida fizemos contato com a CBC, que imediatamente conversou com o diretor da prova. Até então, duas horas antes da prova, parecia que tudo estava certo”, explicou José Carlos Monteiro, técnico da Scott.

Segundo Carlinhos, quando a equipe recebeu a notícia de que não poderia participar, entrou novamente em contato com a CBC, que reenviou por fax os documentos, confirmando que a Scott estava devidamente credenciada e apta a competir, mas, mesmo assim, a UCI recusou a participação do time, que está em seu terceiro ano como equipe continental. A Confederação Argentina de Ciclismo também interveio no impasse, mas sem sucesso.

Problemas em prova

Além do problema com a organização, a equipe se envolveu em um acidente a 3 km da linha de chegada. Os ciclistas Magno Prado, Pedro Autran Nicacio, Mauricio Morandi e Fabrício Morandi se envolveram em um acidente com mais de 20 ciclistas, perdendo segundos valiosos na competição. A melhor colocação da equipe no dia foi de Renato Seabra, 27º, com o mesmo tempo do vencedor, o italiano Mattia Gavazzi (Diquigiovanni). O brasileiro Murilo Fischer, que compete pela equipe italiana Liquigas, completou a etapa em quinto. Já o italiano Ivan Basso, grande nome da prova, ficou em 56º, com o mesmo tempo do vencedor. A prova segue nesta terça-feira com a segunda etapa, entre La Toma e Mirador Del Potrero, com 174 km, com previsão de término no início da noite (horário de Brasília).