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Tribunal veta identificação de atletas em investigação da Operação Porto

Atualizado em 27 de junho de 2017
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A Operação Porto, escândalo de doping que se arrasta desde 2006 no ciclismo espanhol, parece longe de um desfecho. Um tribunal de Madri esclareceu que as 211 bolsas de sangue recolhidas foram transferidas apenas para que as autoridades checassem se pertenciam a atletas com casos abertos, não para iniciar procedimentos disciplinares.

O esclarecimento veio à tona depois que Eufemiano Fuentes, médico acusado de participar do escândalo, emitiu um pedido para que as bolsas de sangue fossem devolvidas a ele e que a identidade de seus pacientes permanecesse em segredo. Segundo ele, a publicação dos nomes “viola o direito à privacidade e confidencialidade da relação entre médico e paciente”.

 

 

O tribunal negou o pedido de Fuentes para o retorno das amostras, mas, como não há casos abertos, a identidade dos atletas não pode ser divulgada.

Documentos e evidências guardados por Fuentes fizeram com que as autoridades constatassem que vários ciclistas espanhóis eram seus pacientes. Um dos julgamentos da Operação Porto, em 2013, determinou que o médico fosse suspenso de suas atividades por quatro anos e que as bolsas de sangue fossem destruídas. A Wada (Agência Mundial Antidopagem) e a UCI (União Ciclística Internacional) entraram com um recurso para que os pacientes de Fuentes tivessem seus nomes divulgados.

De acordo com o jornal espanhol As, não está definido o que acontecerá com as bolsas de sangue, já que o processo ainda está em andamento.