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Velódromo do Rio será reaberto em maio após 8 meses fechado

Atualizado em 02 de maio de 2017
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De obra mais polêmica dos Jogos de 2016, com a entrega feita às pressas aos organizadores, evento-teste cancelado e um custo total de R$ 168,4 milhões, o velódromo do Rio transformou-se em motivo de orgulho. 26 recordes olímpicos ou mundiais foram quebrados na pista de ciclismo, arrancando elogios de delegações e dirigentes. “A pista é lisa e rápida. As curvas são inclinadas e a transição para a reta é suave. Isso ajuda. A temperatura também está adequada e ajuda a baixar tempos”, destacou o medalhista de ouro britânico Jason Kenny.

O velódromo do Rio passou recentemente por reparos em sua estrutura e, cinco meses após o fim da Paralimpíada, ainda não está à disposição de atletas como Gideoni Monteiro, que fez a preparação para a Copa do Mundo de Ciclismo de Pista em Maringá, onde também foi realizado o Campeonato Brasileiro de Pista em outubro. A inatividade do espaço, entretanto, está com os dias contados. Uma série de eventos está agendada para a segunda quinzena de maio, com a realização do Rio Bike Fest, o Campeonato Estadual de Pista, um passeio ciclístico e uma feira de negócios em torno do velódromo para reunir lojistas e fabricantes. Os R$ 241 mil que envolvem a programação serão custeados pela Universidade Estácio de Sá.

Idealizado para servir de legado para atletas de alto rendimento e alunos da rede municipal, o velódromo do Rio passou perto de ser desmontado e por pouco não foi transformado em uma casa de shows. Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro, abriu uma licitação para que a administração do local passasse para a iniciativa privada, que aproveitaria uma parte da arquibancada e o sistema de refrigeração.

 

 

 

A situação foi revertida depois que o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, apaixonado pela modalidade e membro de uma equipe ciclismo, conversou com o dono da licitação e viajou até o Qatar no passado – onde acompanhou o Campeonato Mundial de Estrada – para discutir com representantes da União Ciclística Internacional (UCI) o futuro da pista. A licitação com a casa de shows caiu por terra, e o velódromo do Rio voltou a ter seu propósito inicial: oferecer boas condições aos atletas brasileiros em treinamentos e competições.

No ano passado, no dia 23 de dezembro, antes de deixar a prefeitura do Rio, Paes entregou a administração do velódromo para o Ministério do Esporte, agora responsável pela manutenção do local. Para não danificar o piso de pinho siberiano da pista – a madeira corre o risco de ressecar com temperaturas que não estejam entre 18 e 26º –, o ar condicionado do velódromo deve ser mantido ligado o tempo todo. O custo estimado de energia elétrica do espaço para 2017 é de R$ 3,5 milhões.

Em contato com a VO2Bike, a assessoria da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) anunciou que a entidade luta nos bastidores para levar a Copa do Mundo de 2018 para o velódromo carioca. A definição pode sair em março.