Adam TavaresFoto: Adam Tavares

Copa VO2Bike: prepare sua bike para o Desafio da Serra de Campos

Atualizado em 11 de maio de 2017
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Quem for a Campos do Jordão para disputar a Copa VO2Bike no próximo dia 21 de maio deve ir preparado para encarar subidas que demandam muito esforço dos ciclistas, principalmente entre os km 20 e 40. Isso faz com que os cuidados com a bike sejam ainda maiores, de preferência para torná-la mais leve na hora de enfrentar as inclinações. Eliminar previamente o que puder de peso sobre a bicicleta significa um atalho para um bom rendimento na Serra Velha.

É preciso ter atenção também com componentes da bike muito antigos, pois eles aumentam as chances de problemas mecânicos ou mesmo acidentes durante a competição. E, convenhamos, não há experiência mais frustrante do que se planejar para um desafio assim e ter de abandoná-lo por problemas técnicos. André Escudeiro, especialista em bikes e gerente da Cyclemotion, sugere que o ideal é ir para uma prova com equipamentos que não tenham ultrapassado 30% da vida útil.

Para evitar contratempos na prova, fizemos uma lista dos equipamentos mais indicados para encarar o Desafio da Serra de Campos. Confira nossas dicas, mas não se esqueça de fazer uma revisão detalhada da bike com um mecânico especializado:

 

RELAÇÃO DE MARCHAS

A não ser que você seja um ciclista profissional ou esteja muito bem condicionado para a prova, vale lançar mão de uma relação de marchas mais leve para encarar a Serra de Campos. A dica, para quem puder fazer o investimento, é usar uma pedivela compacta (50×34) ou mesmo uma semi-compacta (52×36), em vezes do tradicional modelo standard (53×39). Também é possível deixar a relação um pouco mais leve fazendo um investimento menor no cassete, caso o da sua bike seja o tradicional 11×23. Nesse caso, vale apostar num 11×28, 11×29 ou 11×32, que devem aliviar o esforço nas subidas – não tanto quanto uma pedivela compacta ou semi-compacta, mas aliviam um pouco sim. 

RODAS

Em percurso de serra como o de Campos do Jordão, opte por rodas de perfil médio a baixo, principalmente com aros leves, que aliviam as pernas nas subidas – quanto menos peso, melhor. Nesse quesito, as melhores são as rodas feitas de fibra de carbono. “A roda de carbono de perfil baixa representa o melhor dos mundos em uma subida”, resume Escudeiro. Em contrapartida, as rodas de alumínio rendem bem nas descidas, que na Copa VO2Bike aparecem após os km 15 e 43. Além da eficiência nos declives – têm um atrito menor e, portanto, perdem menos velocidade –, o alumínio não colapsa com o calor e é um material mais resistente que o carbono em casos de queda.

 

 

FREIOS

Nas descidas principais, tome cuidado para não “queimar” os freios. A frenagem excessiva, um vício de quem se sente inseguro em trechos mais perigosos, pode danificar os aros – sobretudo os feitos de carbono – e a câmara de ar. Se sua roda é de carbono, ao notar que está freando muito, pare e verifique o estado do equipamento. Quem tem freio a disco leva vantagem, uma vez que eles não entram em contato com o aro. Se o aro empenar, é possível pedalar até que se conserte – uma garantia fundamental em uma prova. Os discos possuem diferentes tamanhos, trazendo forças e modulações que se adaptam a diferentes situações dos ciclistas.

PNEUS

Pneus que tenham borracha com alto poder de rolagem e boa aderência lateral têm melhor desempenho nas curvas em serras. Modelos com o meio liso e vários sulcos na lateral são os mais indicados. Quando o assunto é subida, os pneus seguem a mesma regra dos outros equipamentos: quanto mais leves, melhor. Vale lembrar que o asfalto brasileiro não é o ideal, e os fabricantes projetam os pneus para solos de maior qualidade. Portanto, também leve em consideração a resistência do material.

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