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Os dois melhores no Tour 2014

Ainda estamos no início de 2014, mas todos já estão de olho nos meses de junho e julho. Não, não estamos falando da Copa do Mundo de futebol, que será realizada no Brasil e que logicamente chamará muito a atenção dos brasileiros. Mas, sim, do Tour de France, principal competição do ciclismo e que neste ano colocará frente a frente os dois melhores ciclistas da atualidade: Chris Froome (Sky) e Vincenzo Nibali (Astana).

Em 2013 os dois não se encontraram em grandes voltas. Enquanto Nibali focou-se em vencer em casa o Giro d'Italia e tentar um bicampeonato na Vuelta (terminou com o vice), Froome foi alçado ao posto de principal ciclista da Sky na tentativa de defender o título conquistado por Wiggins em 2012. E o britânico nascido no Quênia justificou as expectativas conquistando uma vitória irretocável e praticamente sem adversários comemorando muito sua primeira grande volta da carreira.

Mas para 2014 os dois já declararam que possuem o Tour como objetivo. Tanto que Nibali provavelmente abdicará de uma defesa de título no Giro apesar do clamor dos italianos para que seu principal ciclista corra em casa. E na Sky, a briga é para saber apenas quem defenderá a equipe nas demais grandes voltas. Até mesmo o antigo desafeto Bradley Wiggins já se convenceu que Froome está em uma fase melhor cogitando até voltar às pistas.

Em 2013, em um dos poucos momentos em que os dois ciclistas estiveram frente a frente, vantagem para Nibali. O italiano foi campeão no Tirreno-Adriatico, com Froome sendo o vice.

Froome e o sonho da hegemonia ‘limpa’

Com 28 anos e no auge de sua forma física, Froome disse ainda antes de seu título em 2013 que espera disputar o Tour de France por no mínimo sete anos. E o número escolhido não foi à toa. Sete foram os títulos de Lance no Tour antes de perdê-los devido o doping.

Assim, caso vença sete vezes seguidas, Froome se tornaria o maior vencedor do Tour de France (atualmente quatro ciclistas com cinco títulos dividem o posto de maiores campeões). E, o mais importante, de maneira limpa. Isto porque durante o Tour de France 2013, o desempenho do britânico levantou suspeitas sobre um possível doping. Fato que não o deixou muito contente. “Após a vitória mais importante de minha carreira eu preciso responder perguntas sobre doping”, declarou o ciclista após vencer no Monte Ventoux.

Preocupado com a imagem do ciclismo, Froome luta para que o ciclismo desassocie-se do doping, fato que foi ainda foi recorrente em 2013 principalmente com o banimento de Danilo di Luca.

“Eu acho que estamos no momento mais difícil agora. É realmente uma minoria os ciclistas que quebram as regras e são pegos. Mas ainda vivemos em uma era pós doping onde temos que lidar com muitos fatos negativos”.

“Eu sei que algumas pessoas estão em dúvidas sobre os resultados meus e de Bradley (em 2012). Eu pessoalmente sei que meus resultados não serão retirados, mas levará um tempo para que as pessoas vejam isso”, disse o ciclista à BBC, que sonha com mais títulos limpos em prol do ciclismo.

Nibali e o seleto grupo de cinco

Um ano mais velho que Froome, Vincenzo Nibali pode em 2014 entrar para um seleto grupo de cinco ciclistas. Até hoje, apenas Jacques Anquetil (França), Felice Gimondi (Itália), Eddy Merckx (Bélgica), Bernard Hinault (França) e Alberto Contador (Espanha) podem se orgulhar em dizer que venceram o Tour de France, o Giro d’Italia e a Vuelta a España.

E Nibali está próximo. Campeão da Vuelta em 2010 e do Giro em 2013, o italiano tentará em 2014 o título que passou perto em 2012. Naquele ano, subiu ao pódio na terceira colocação atrás da dupla Wiggins-Froome.

Desde então, iniciou uma série de treinos para melhorar suas principais dificuldades como o contrarrelógio. Como resultado, venceu de maneira convincente o Giro (incluindo a cronoescalada) e ainda disputou até o final a Vuelta 2013, quando não teve pernas para acompanhar o forte ritmo de Chris Horner.

"Desde minha primeira vitória na Vuelta em 2010, confirmei sempre com continuidade os resultados. Isto e a experiência acumulada me fizeram pensar que posso melhorar no futuro. Veremos”, declarou o ciclista ao site “Biciciclismo” que completou.

“Um fracasso se não ganho (O Tour)? Dependerá de eu ter dado o máximo, como espero. E para ele me irei preparar para chegar em grandes condições”, finaliza.

Façam suas apostas.

Redação

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