Não deixe a Páscoa atrapalhar seu treino: coma chocolate

Atualizado em 30 de março de 2023

Os corredores que estão se preparando para a Meia Maratona Internacional de São Paulo, para a Eco Run (Piracicaba-SP) e para a Go Green (Porto Alegre-RS) vão enfrentar uma verdadeira “prova de fogo” antes da corrida: o feriado de Páscoa e suas iguarias, sobretudo o chocolate. Porém, o que muitos não sabem é que a data pode trazer um aliado inesperado para os atletas: o chocolate amargo. Sim, é possível aproveitar as guloseimas típicas sem prejudicar o preparo e os treinos, desde que com parcimônia. Na verdade, o chocolate – com um teor a partir de 70% de cacau – pode até ser um aliado na performance.

“Além de antioxidante, o chocolate amargo ajuda a dar uma sensação de bem estar e favorece a saúde cardiovascular. Alimentos antioxidantes ajudam a combater envelhecimento celular, mantêm as células jovens por mais tempo, e ajudam a combater a produção de radicais livres que, em excesso, agridem a parede das células, podendo levar a doenças”, explica a nutricionista Priscila Di Ciero.

Junto da melhora na função vascular, o chocolate amargo traz muitos outros ganhos que podem inclusive refletir no desempenho durante as provas:

• O doce possui compostos orgânicos biologicamente ativos que funcionam como antioxidantes: polifenóis, flavanóis e catequinas, entre outros;

• Estudos apontam que o cacau em pó diminui significativamente o colesterol LDL (considerado “ruim”) nos homens, além de aumentar o HDL (considerado “bom”) e reduzir o LDL total naqueles que já apontavam um alto nível de colesterol;

• Os compostos do chocolate amargo reduzem o risco de doença cardíaca – assim como os próprios exercícios físicos. Um estudo descobriu que o cacau diminuiu o risco de morte por doença cardíaca em 50%, durante um período de 15 anos;

• Os flavonóis do chocolate amargo também ajudam a pele naquela prova debaixo do sol escaldante: esses compostos a protegem de danos causados ​​pelo sol ao melhorar o fluxo sanguíneo do órgão, o que aumenta a hidratação.

Porém, antes de se animar e comprar quilos do doce, deve-se observar que não pode haver exageros: para apresentar tais benefícios, o consumo do chocolate amargo não deve ultrapassar as 30g diárias. Além disso, todos os estudos dizem respeito às barras com, no mínimo, 70% de cacau em sua composição – quanto maior o teor do fruto, melhor, já que há menos manteiga de cacau e açúcar no fabrico, que implica em um chocolate mais puro e nutritivo.