Corrida reduz de 10 a 30% o risco de câncer de próstata

Atualizado em 19 de dezembro de 2017
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O câncer de próstata é a segunda maior causa de mortes por câncer em homens, atrás apenas do de pulmão. Apesar de todos os tabus que envolvem o tema, o modo mais seguro de evitar que o tumor se desenvolva é fazer o exame preventivo com um urologista a partir dos 45 anos. Há, no entanto, uma ferramenta importante que pode ajudar na prevenção e até na recuperação do câncer de próstata: a corrida.

Entre as pessoas fisicamente ativas, a chance de sofrer com o câncer de próstata é de 10 a 30% menor. Um estudo feito por Eric Ballon-Landa e John Kellogg Parsons, do departamento de urologia da Universidade da Califórnia, em San Diego, atribui essa redução ao aumento dos níveis de óxido nítrico, neurotransmissor que atua no tecido erétil. 

Eficaz na luta contra o estresse, a corrida, quando feita em um ritmo moderado ou forte, ajuda a alinhar o equilíbrio celular, afastando o excesso de radicais livres. Ao regular o estresse oxidativo, o óxido nítrico também favorece a ereção, já que ajuda a “limpar” o caminho por onde passa o sangue até chegar ao pênis.

 

 

Os benefícios não param na prevenção do câncer de próstata. De acordo com Marcello Leitão, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, a corrida auxilia de outras duas maneiras: na redução dos efeitos do tratamento e no combate a uma possível volta do tumor.

“Quando a pessoa entra no processo de radioterapia ou quimioterapia, a atividade física no transcorrer do tratamento oferece bom resultado para a recuperação. Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia provocam caquexia [uma síndrome associada a perda de peso, atrofia muscular, fadiga, fraqueza e perda do apetite]. A tendência de proteger o indivíduo em tratamento atrapalha. Se você oferece o exercício a esse paciente, se ele se mantém fisicamente ativo, tem uma recuperação melhor. Outro ponto é que quem faz exercício no pós-tratamento tem menor chance de desenvolver a volta da doença”, explica Leitão.