ShutterstockFoto: Shutterstock

Maratonistas são mais propícios a problemas cardíacos

Atualizado em 03 de dezembro de 2018
Mais em Notícias

Um estudo, publicado na Associação Cardíaca Americana (AHA, em inglês), analisou o esforço cardíaco ao correr uma maratona. Segundo a pesquisa, feita na Espanha, os corredores amadores que já percorreram 42 km estão mais sujeitos ao estresse no coração.

Foram analisados 63 corredores saudáveis, de 30 até 44 anos de idade, com pesos similares e tempo de experiência com a prática parecidos. Eles foram divididos em 21 grupos de 3 pessoas. Cada pessoa do grupo correu uma distância diferente — 10 km, 21 km e 42 km.

Embora houvesse pouca diferença entre os participantes e um risco baixo em um período de 10 anos para problemas cardiovasculares, a pressão sobre os músculos do coração foi maior nos 42 km. Embora os casos de paradas cardíacas em maratonas sejam poucos —  1 para cada 100 mil concluintes — a maioria das mortes durante uma prática esportiva é predominante em corridas de longas distâncias. Especialmente em homens com mais de 35 anos.

Durante as avaliações, a massa corporal foi medida antes da corrida e 10 minutos após o término para medir os níveis de desidratação em cada uma das três distâncias. Outros exames também foram feitos para se obter mais informações para a equipe de pesquisadores.

O estudo, entretanto, pode possuir algumas falhas pois foi feito com um pequeno grupo de corredores, o que não garante resultados precisos dos riscos cardiovasculares durante o período de 10 anos. Por isso, os pesquisadores pretendem replicar a experiência em um grupo maior.

“Nós normalmente assumimos que maratonistas são saudáveis, sem fatores de risco que os exponham a um problema cardíaco durante ou depois da corrida. Mas, com a crescente popularidade das corridas de longa duração, o aumento do número de participantes e a falta de treinamento adequado, nossas descobertas sugerem que praticar corridas mais curtas pode reduzir a tensão imposta ao coração”, afirma Juan Del Coso, principal investigador da pesquisa, professor e diretor do laboratório de fisiologia do exercício da Universidade Camilo José Cela, em Madrid, na Espanha.