Volta à Ilha: trabalho de equipe e estratégia em 140 km

Atualizado em 11 de abril de 2017
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A Volta à Ilha é uma das provas mais tradicionais do Brasil. Todo ano, dezenas de equipes tentam participar e não conseguem por causa do limite de inscrições. E fica fácil entender por que isso acontece quando se vê de perto a paixão que o evento, realizado no último dia 8 de abril, desperta nos corredores, que precisam de estratégia e trabalho de equipe para completar os 140 km dentro do tempo limite.

O desafio começa ainda na madrugada de sábado e precisa acabar até as 20h30. Para os corredores de elite, que vão buscar lugar no pódio, dura aproximadamente 10 horas, mas a magia da prova é a entrega dos atletas amadores nos 17 trechos do evento.

Primeiramente, porque enfrentar trilhas, dunas e areia fofa é quase um outro esporte se comparado com a corrida no asfalto a que estamos mais acostumados. Depois, porque participar de um time muda a maneira de encarar a prova.

A Volta à Ilha é, literalmente, uma volta à ilha de Florianópolis e o que ela tem de mais bonito. E para isso é preciso deixar o asfalto. As praias são parte importante (e difícil) do trajeto – quase todos os trechos começam e acabam nelas, mas também há trilhas de terra e areia, dunas… Essa alternância de terrenos torna a corrida muito mais difícil. E a estratégia da equipe para definir qual integrante corre cada trecho fica ainda mais importante.

 

 

As partes da corrida têm níveis de dificuldade pré-estabelecidos pela organização: fácil, moderado, difícil, muito difícil, muito muito difícil e o mais difícil. E isso pode mudar de acordo com as condições climáticas. No último sábado, por exemplo, choveu forte nas primeiras horas da Volta à Ilha e quase todos os trechos de trilha de terra viraram barro. O resultado: corredores enlameados depois de algumas quedas.

E mesmo nessas condições quase todo mundo chega feliz ao posto de troca. Cansado, mas satisfeito por ter cumprido o papel dentro da equipe, passando a vez a outro atleta. É possível fazer a prova até em dupla, mas a maioria dos times é composta por oito pessoas. E em quase todos, quem não está correndo ajuda no apoio, com hidratação e alimentação para os atletas que acabaram de correr ou vão entrar em ação nos minutos seguintes.

O espírito de equipe, necessário para completar a Volta à Ilha, está presente também nos momentos finais de prova. Já nos últimos metros, os times têm autorização para se juntar ao atleta que está fechando o revezamento para que todos possam cruzar juntos a linha de chegada e comemorar o feito.