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Corredor de 73 anos completará 'volta ao mundo' em 2018

Atualizado em 18 de dezembro de 2017
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Corredor amador, Afonso Cappai de Castro sentiu os benefícios que a atividade física trouxe para o seu corpo e há 38 anos iniciou um projeto ousado: correr a quilometragem equivalente à uma volta ao mundo. A “Linha do Equador Virtual” foi concebida como uma meta pessoal, mas atualmente motiva milhares de pessoas pelo Brasil a darem uma chance à corrida.

Já com 73 anos, ele percorreu 38.075 km e está muito próximo de completar a meta final de 40.075 km. 2018 reserva a quilometragem restante para o corredor e o encerramento planejado não poderia ser mais simbólico. No dia 15 de novembro ele sairá de Macapá, sua cidade natal, em direção à própria Linha do Equador, o traçado imaginário que dá nome à sua missão.

 

 

Alcançar essa rodagem claramente não foi fácil, Afonso reconhece que sua forma física está longe do ideal e a idade avançada não o favorece. Sabendo de suas limitações, ele tem acompanhamento de um personal trainer e um nutricionista para evitar qualquer problema mais grave. Essas dificuldades, no entanto, não o impediram de correr em mais de 160 cidades do Brasil, incluindo todas as capitais. Em 2019 ele pretende ir ainda mais longe, acrescentando outros países da América do Sul em sua rota.

Em 1975, quando começou a correr, Castro não imaginava a proporção que o exercício tomaria em sua vida: “Trabalhava muito, fazia faculdade e meu nível de stress estava muito alto. Comecei porque precisava ter uma atividade física e me apaixonei pela prática”. A corrida acabou se tornando sua profissão: ele viaja pelo país dando palestras e já escreveu dois livros: “Os sonhos valem a pena” e “Paixão por correr”.

Hoje, sua “volta ao mundo” já tem mais de 20 mil seguidores nas redes sociais e em seu site, que é atualizado a cada quilômetro corrido pelo atleta, além de divulgar várias dicas de treinamento, técnicas e metodologias usadas por Afonso. “É um projeto de longo prazo, mas que busca incentivar os atletas amadores a percorrerem esta distância de forma virtual, onde estiverem”, conta Cappai.