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Por que mulheres desistiram menos que os homens em Boston?

Atualizado em 24 de abril de 2018
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Teve frio, muita chuva gelada lateral caindo o tempo todo na cabeça dos corredores e temperaturas de 3 graus ao longo dos 42 km. Foi assim a edição 2018 da Maratona de Boston. E, correr uma maratona nessas condições separa homens de meninos, certo? Ou, melhor dizendo, homens de mulheres? É o que apareceu nos índices da prova: as mulheres na maratona foram mais resistentes às condições. 

Depois da Maratona de Boston, o jornal americano The New York Times publicou um artigo da atriz e maratonista Lindsay Crouse analisando por que as mulheres na maratona desistiram menos do que os homens. E justamente nas condições climáticas mais duras dos últimos 30 anos da prova.

Já acontece em muitas provas, mas essa diferença ficou ainda mais evidente nesta edição de Boston. Para os homens, a taxa de desistência aumentou quase 80% em relação a 2017; para as mulheres, cerca de 12%. De modo geral, os resultados foram ruins neste ano, tanto para a elite quanto para os amadores. Os vencedores (homens e mulheres) foram os mais lentos desde a década de 1970, e a taxa de abandono aumentou 50% em relação ao ano passado.

A explicação mais natural para essa diferença entre homens e mulheres na corrida pode ser o percentual maior de gordura do corpo das mulheres, o que faz diferença no frio. Mas, não é só isso. Além da fisiologia, o psicológico das mulheres na maratona pode ser uma explicação também.