Treino em jejum

Atualizado em 28 de abril de 2016

Utilizada por alguns atletas de elite, a técnica de correr em jejum — com baixos níveis de carboidrato — pode ser uma aliada do corredor. “A ausência do carboidrato obriga o corpo a buscar em seus estoques outra fonte de energia, como a gordura, e a utilizá-la como combustível”, explica a nutricionista e atleta Liane Buchman.

Ela ressalta que há estudos que comprovam que, na ausência do carboidrato, há uma adaptação na mitocôndria (organela celular responsável pela geração de energia), tornando-a mais e_ ciente. “O treino em jejum aumenta o número e a e_ ciência da mitocôndria, melhorando a performance. É uma forma de acostumar o organismo a ter maior concentração de glicogênio”, comenta.

A técnica é popular entre corredores africanos, habituados a correr longas distâncias sem comer ou comendo pouco. Ao avaliar o desempenho desses atletas, cientistas descobriram que quando o treinamento é realizado com baixas reservas de glicogênio, proteínas nucleares são ativadas e replicam mais mitocôndrias do que a situação tradicional.

Cuidados

Ao experimentar a técnica, corra sempre bem hidratado e tenha à mão algum gel de carboidrato, bebida isotônica ou até mesmo um doce.

– Faça uma refeição reforçada na noite anterior, garantindo ao seu corpo os nutrientes necessários.

– Prefira utilizá-la, a princípio, em dias de treinos mais leves, até o seu corpo se adaptar à corrida em jejum.

– Caso sinta-se mal, pare imediatamente e ingira algum carboidrato de rápida absorção.